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A Energia das algas
(Revista Super interessante; nº160; Agosto)

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As microalgas são eficientes a fazer a fotossíntese, transformando a luz do sol, a água e os nutrientes inorgânicos em biomassa, com elevada produtividade por área de terreno cultivado.
Cientistas do LNEG (Laboratório Nacional de Energia e Geologia) e da APTTA (Associação Portuguesa de transporte e Trabalho Aéreo) dirigidas por Alberto Reis, estão a trabalhar num projecto cujo objectivo é produzir combustíveis para a aviação comercial a partir de microalgas.
A produção de combustíveis a partir de microalgas, é dez a cem vezes superior à das culturas agrícolas como a da “palma”.
Pode-se produzir todo o ano e fazer colheitas diárias.
As microalgas utilizam água sem qualidade que tanto pode ser salgada, salobra e de esgotos e desenvolvem-se em solos rochosos, em salinas, pântanos e em qualquer tipo de terreno.
Alberto Reis ressalta ainda a possibilidade de se utilizar efluentes gasosos ricos em dióxido de carbono, conduzindo a um método biológico de despoluição.
Na actualidade, a produção comercial de biocombustíveis (combustíveis produzidos biologicamente) é feita em casos particulares, para suplementos dietéticos e farmacêuticos e na aquacultura.
A aviação comercial produz 2% das emissões de dióxido de carbono de todo o mundo. A Comissão Europeia a partir de 2012 quer reduzir essas emissões em 8%. A BOEING, está certa que a utilização de biocombustíveis levará à redução de 60 a 80% dos gases com efeito de estufa.
A investigação necessita de 3 a 5 anos, até que se confirme a sua sustentabilidade e se os custos são competitivos.
O biodiesel, substituto da gasolina, resultante da transformação química do óleo vegetal de palma, colza, girassol, de gorduras animais e resíduos de óleos de fritar e o bioetanol, substituto do gasóleo, produzido por fermentação de açucares, como a sacarose, amido e extraídos da cana-de- açúcar, da beterraba, do milho, ou do sorgo, são os biocombustíveis conhecidos.
Devidos às altas pressões, a que os aviões estão sujeitos no ar, os combustíveis para a aviação comercial apresentam características próprias diferentes das usadas em terra, sendo dada especial atenção ao ponto de congelação, à temperatura de auto-ignição, à densidade e viscosidade, entre outros, no sentido de assegurar a máxima segurança.
Estes combustíveis são constituídos por misturas de hidrocarbonetos, com cadeias entre os 8 e os 16 átomos. A gasolina apresenta misturas de hidrocarboneto entre os 4 e os 12 átomos e o gasóleo, entre os 10 e 0s 20 átomos.
A estratégia de transformar biomassa num líquido energético é conhecida por BTL, sigla inglesa de Biomass to Liquid.
Segundo Alberto Reis, trata-se de um processo com várias etapas em que a partir de qualquer tipo de biomassa, sujeita a temperaturas e pressões elevadas, se pode obter combustíveis semelhantes aos combustíveis fósseis que se produziram na natureza ao longo demilénios nas jazidas de petróleo.

Não há qualquer dúvida que a utilização de biocombustíveis na aviação comercial a partir de microalgas e dos desperdícios da sociedade de consumo, será realidade num futuro não muito distante.



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