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Crianças Chefes de Famílias
(Paula Rocha)

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Desprovidos de futuro



De acordo com dados preliminares do
Censo 2010, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), cerca de 662 mil jovens entre 15 e 19 anos e outras 132 mil crianças entre 10 e 14 anos moram com os pais e são responsáveis
pela renda de suas famílias. A maioria atua como engraxate, ou são separadores
de lixo. Outros vendem produtos de pequeno valor e há ainda os que se definem
como “flanelinhas”.

O Estatuto da Criança e do
Adolescente foi criado em 1990, e não tem muito a comemorar depois de tanto
tempo. O trabalho infantil e de exploração tem diminuído graças a denúncias,
mas o trabalho infantil doméstico ou em situação de rua tem aumentado, de
acordo com o advogado Ariel de Castro Alves, vice-presidente da Comissão
Nacional da Criança e do Adolescente da Ordem dos advogados do Brasil(OAB).A grande maioria dessas crianças e jovens não frequenta a escola, possui condições mínimas ou quase inexistentes de sobrevivência, pois não tem saneamento básico e alimentação adequada. Começam desde muito cedo no trabalho, não tem infância, nem desejos, nem sonhos.

É necessária maior integração entre as políticas públicas. Ariel defende que, em primeiro
lugar, deve haver planejamento familiar, em segundo, criação de programas que
orientem e apoiem as famílias carentes.

O jovem que começa a trabalhar
muito cedo para ajudar a família, possivelmente terá problemas para encontrar
um emprego no futuro, pois não terá tido condições para se qualificar
devidamente. Uma formação com apenas o ensino médio ou um curso técnico não atende
mais a demanda do mercado de trabalho.

De acordo com pesquisas, São Paulo
abriga o maior número de menores chefes de família. O número de crianças entre
10 e 14 anos nesta situação tem aumentado muito e o pior é que a solução para o
problema está longe de ser encontrada. Aí fica a questão: até quando essas
crianças terão que viver sem desejos, sem sonhos? Lugar de criança é na escola, construindo futuros melhores.



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