Você SABIA?
(Trad. Yolanda F. Ramos e Outros)
Grandes pensadores dedicaram-se à criação de uma cidade perfeita. Imaginem um lugar onde todos são protegidos, tem alimentação, vestuários, alojamentos e tratamento médico de alta qualidade, onde ninguém tem que trabalhar mais que seis horas por dia.
Thomas More, estadista inglês do século XVI imaginou a sociedade assim. Chamou-a de Utopia que em grego quer dizer “Lugar nenhum”.
Porém tinha lá seus inconvenientes. Por exemplo, quem não se interessasse pela terra não ia gostar de viver lá, pois todos os cidadãos eram obrigados a trabalhar dois anos no campo. O tempo disponível seria para aprender e estudar através de estudo privado ou palestras públicas. Todos deveriam vestir-se de preto. O relacionamento matrimonial incluía o ter que pedir perdão ao cônjuge, relações sexuais antes do casamento sofriam a punição do celibato para o resto da vida; o adultério era castigado com a escravidão. Haveria sempre alguém vigiando a todos o tempo todo. Para ele a cidade deveria ter casas com terraços e grandes jardins, tudo protegido por sólidos muros, salas de jantar comunais, além de igrejas e armazéns. O projeto previa 80 cidades cuja distancia entre elas seria de um dia de caminhada.
Entre os sonhadores do lugar perfeito para se viver houve a conhecida proposta de Platão que cristalizava a sociedade em “reis filósofos”, o exército e o povo sem grande mobilidade social. O operário seria sempre operário; quem usava a mente não usava as mãos. Havia censura rigorosa à literatura, e a música e a poesia eram proibidas. A família era abolida e era substituída por internatos do Estado. Era uma fria abstração que negava os sentimentos humanos. A estrutura da cidade seria circular, rodeada por um fosso.
Já Samuel Coleridge e D. H. Lawrence planejaram as comunidades para grupos de pessoas. Coleridge a chamava de “pantissocracia” onde todos teriam iguais. Para Lawrence o número ideal de pessoas seria de vinte almas gêmeas. Tentou levar a cabo seu projeto na América. Acabaram ele e a esposa na Comunidade de Novo México, onde apareciam algumas visitas de curiosos.
No final da década de 1920 um arquiteto de nome Frank Lloyd Wright fez um projeto de cidade perfeita onde todos os moradores viveriam em casas funcionais em amplos terrenos anexos, em harmonia com o meio. Para ele o problema das cidades é que os cidadãos ficam escravos da renda. Prognosticava uma sociedade de trocas, pois todos os moradores teriam terras suficientes para cultivar alimentos para prover suas necessidades. Os bens e serviços seriam todos trocados e não comprados ou vendidos para obter lucro. Em um esboço da sua cidade ideal reúne edifícios integrados ao meio e como meio de transporte seriam usados helicópteros circulares...
Projetos não faltam. Colocar em prática é que está difícil!
Resumos Relacionados
- A Qualidade De Vida Nas Grandes E Pequenas Cidades
- A Mulher Na Sociedade Grega
- A Utopia
- A Polis
- Utopia
|
|