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O Cisne Negro
(Nassim Nicholas Taleb)

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Não havia lido um livro
com tanta argumentação e tão bem estruturado que demonstrasse que nós não somos
tudo aquilo que pensamos ser, nem para mais, nem para menos. Eu o li logo após
o seu lançamento em português, mas o reencontrei entre meus livros
recentemente. A teoria do Cisne Negro é um barato, porque ela trabalha sobre
aquilo que nós desconhecemos, portanto, não trabalha. Se nós não conhecemos
algo como podemos trabalhar com essa hipótese? Ao esclarecer que antes da
descoberta da Austrália pelos europeus todos os cisnes eram brancos, deu-nos a certeza
de que existem muitos outros cisnes negros a serem descobertos em diferentes
áreas. Podem surgir ou não. Por isso, sempre (já é um problema dizer “sempre”)
que acreditamos ter chegado ao final de algo, que concluímos uma etapa
esgotando todos os recursos, que descortinamos a última fronteira das novas
descobertas e que exaurimos todas as possibilidades de encontrar uma solução,
surge-nos a imagem do Cisne Negro. Uma justa metáfora para expressar a nossa
incapacidade de prever, planejar, projetar, traçar, planificar ou qualquer
outro sinônimo que nos remeta a um futuro que desconhecemos, composto por
variáveis que não estão sob nosso controle e que dificilmente um dia estarão.

O autor conduz o texto de
forma brilhante, transformando assuntos duros numa forma palatável de leitura
interessante e entretida. A teoria do Cisne Negro fundamenta-se por ser
altamente improvável, por isso dificilmente previsível; por ter grande impacto,
causado por sua imprevisibilidade; e facilmente explicável, depois de ocorrido
o fato. Com essa abordagem o livro descreve fatos históricos e também nos
remete a outros comuns do dia-a-dia, fazendo as ligações com as bases da sua
teoria. Tudo nos parece tão óbvio, depois de acontecido, por mais espetacular
que tenha sido quando visto pela primeira vez. Ele consegue assim, demonstrar a
incapacidade da humanidade de prever grandes eventos.

Por isso, o livro nos
leva a questionar a função do planejamento e que não deveria ser encarado de
forma tão contundente, uma vez que ele dificilmente é exato. Leva-nos a
contestar as opiniões dos supostos especialistas das mais diversas áreas, que normalmente
usam o passado para nos passar a falsa a impressão de que sabem algo sobre o
futuro. Por fim, induz-nos a ser críticos com relação ao nosso conhecimento,
para que não sejamos presunçosos, e a ser maleáveis com a nossa ignorância, sem
contudo ser fonte de acomodação. Tem-se, assim, um livro que nos alerta para a possibilidade
do surgimento de inúmeros Cisnes Negros em nossa existência, sem que saiamos a sua
caça. Deve-se apenas estar preparado para o altamente improvável, para o
fortemente impactante e para o óbvio, depois de sucedido.

Fica a pergunta: de onde
virá o teu Cisne Negro?



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