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O Ano da Morte de Ricardo Reis
(José Saramago)

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Romance
escrito em 1984 por José Saramago cujo protagonista é o heterónimo Ricardo Reis
de Fernando Pessoa. O personagem título retorna a Lisboa em 1936, após uma
ausência de 16 anos, e aí se instala observando e testemunhando o desenrolar de
um ano trágico, através do qual o leitor é levado a sentir o clima sombrio em
que o fascismo se afirma na sociedade, antevendo-se um futuro negro na história
de Portugal, Espanha e Europa.

Na
biografia de Ricardo Reis e de Álvaro de Campos, ao contrário da biografia de
Alberto Caeiro, não constam as suas mortes. Por isso, após a morte de Pessoa,
José Saramago aventurou-se a terminar a história de um deles, o que acha que
"sábio é aquele que se contenta com o espectáculo do mundo".

O
autor cria a sua versão alternativa da história, a que poderia ter sido,
fazendo uso de informações oficiais e misturando-as com fontes oficiosas.

Saramago
afirmou em 1990, ao Jornal de Letras, Artes & Ideias que quando se propõe a
corrigir a história não significa corrigir os fatos dela, mas sim introduzir
nela "pequenos cartuchos" que façam explodir o que até então parecia
indiscutível: substituir o que foi pelo que poderia ter sido.

Assim,
neste romance, ele aproveita-se do fato de Fernando Pessoa não ter determinado
a data da morte do protagonista para fazê-lo testemunhar o período em que o
fascismo aos poucos se instalava na sociedade portuguesa. O plano da imaginação
cruza-se então com o da história: Reis vai morrer no mesmo período em que
começaria a longa agonia de Portugal.

Ricardo
Reis ocupava-se do ofício da medicina. Avesso a totalitarismos, deixara
Portugal fugindo da ditadura salazarista, refugiando-se no Brasil. A morte de
seu amigo Fernando Pessoa, fez com que retornasse a Portugal. Instalou-se num
hotel e conheceu aquela que viria a ser sua musa, Lídia. Entre lembranças e
indagações, conversava com Fernando Pessoa, que volta e meia, visitava-o, mesmo
morto. Ricardo Reis desfrutou do amor com uma mulher mais jovem e linda. Ela
engravidou. Ele mudou-se para uma casa; não visitava seu país, mas voltara a
viver nele, um lugar que ainda tinha as marcas dos horrores despóticos.

Ricardo
Reis era discípulo da poesia latina, bebia na fonte de Horácio, o
poeta-filósofo, e escrevia odes singulares; tinha em Fernando Pessoa um amigo e
um mestre; nascera dele, fora sua criação. Sentia falta de Pessoa, porque,
apesar de receber suas visitas, eram irregulares. Na última visita feita pelo
mestre, conversaram como de outras vezes. Depois, Fernando Pessoa foi. Ricardo
Reis foi com ele.



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