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O Fundo do Coração
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Sinopse e
comentário. Romance
musical. Las Vegas, véspera do feriado de 4 de Julho. Morando juntos há cinco
anos, os namorados Hank e Franny começam a sentir o peso da rotina. Nas
discussões cada vez mais freqüentes, o desgaste traz à tona o sentimento de
frustração e cansaço, e quando a lavagem
de roupa suja também revela pequenas traições no passado de ambos, Franny pega
suas coisas e vai para a casa da amiga Maggie. Desconsolado, Hank vai para o
apartamento de Moe, amigo e sócio numa sucata de automóveis. Enxugadas as
lágrimas, cada um procura erguer a cabeça e continuar a vida, e, enquanto Hank
sai para a noite com Moe e conhece a bela malabarista Leila, Franny aceita o
convite do músico Ray, que vem sempre vê-la na vitrine da agência de turismo
onde ela trabalha. No entanto, mesmo parecendo terem encontrado os parceiros
com que sempre sonharam, nenhum dos dois consegue esquecer o outro.



Pode
até não parecer, mas O Fundo do Coração
(One From the Heart, EUA,
1982) é uma obra
ambiciosa. Mais do que isso, megalomaníaca. Fruto da vontade do diretor Francis
Ford Coppola (aqui excluindo o “Ford” dos créditos) de fazer um grande musical,
o filme foi a primeira realização de seu recém criado estúdio, o Zoetrope.
Primeira e última. Gastando uma fortuna em cenários (o diretor reconstruiu em
estúdio a cidade de Las Vegas) e inovações tecnológicas (parece que este foi o
primeiro filme a utilizar o computador para fazer a edição), o diretor acabou
naufragando no fracasso de bilheteria e indo à falência. O que é uma pena.



Desde
o início com o abrir de cortinas, o espectador é banhado com imagens
exageradamente belas e intencionalmente artificiais. Durante todo o tempo Coppola
mostra que quer fazer espetáculo, no sentido mais grandioso do termo. Quer
justamente aquilo de que Hank reclama na cidade: “Tudo é paetê, tudo é
fantasia, nada é real”. Fica claro que seu interesse não é fazer uma observação
aprofundada da relação homem/mulher, que chega mesmo a ser tratada com
desleixo. Hank e Franny, o casal de protagonistas, são tão displicentemente
construídos que só escapam de serem desinteressantes por causa do carisma de
seus intérpretes. O jeito bronco de Frederick Forrest, comovente quando tenta
cantar You Are My Sunshine para
Franny no aeroporto, e a sensualidade largada de Teri Garr acabaram sendo
presentes que os atores deram aos personagens, o inverso do que geralmente
ocorre com bons roteiros, que não é o caso deste, co-escrito por Coppola e
Armyan Bernstein. Da mesma forma, as participações do saudoso Raul Julia e da bela
Nastassia Kinski servem como preciosos enfeites para nos encherem os olhos e os
sentidos. Enquanto ele capricha na sensualidade latina cantando e dançando, ela
vira os marmanjos pelo avesso dançando dentro de uma taça de vinho, ou
equilibrando-se na corda bamba.



O filme
acaba não sendo muito além disso: um espetáculo visualmente luxuoso, delirante,
bonito e gostoso de se ver e com uma trilha sonora impecável a cargo de Tom
Waits (que faz uma ponta logo no início, tocando saxofone no meio da rua) e
interpretada por ele e Crystal Gale. O que, aliás, já coloca O Fundo do Coração em vantagem, na
comparação com qualquer musical contemporâneo. O uso de efeitos de iluminação
tirados do teatro, com cenários ao fundo que vão se apagando para acentuar o
estado de espírito dos protagonistas, e as interessantes passagens de cena,
contribuem para que este filme tenha se tornado um charmoso objeto de culto
entre os apreciadores de cinema.



Uma curiosidade: na sequência
no elevador na casa de Maggie, o casal de idosos que fica esperando enquanto
Ray e Franny decidem se vão ou não para a casa dele foram interpretados por
Italia e Carmine Coppola, pais do diretor.



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