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Racas
(sidnei)

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tema central desta pesquisa é magistério como distinção, meritocracia e
premiação. Esta análise será feita através do Prêmio Professores do Brasil. Trata-se de
estudo realizado a partir de perspectiva sociológica. A pesquisa tem por base a teoria
distinção elaborada por Pierre Bourdieu. Com o objetivo de delinear e analisar as
condições que a distinção e a meritocracia se institucionalizam através dos professores
premiados. Foram analisados projetos ganhadores dos prêmios observando: o tema dos
projetos, conteúdo dos projetos, formas de aplicação, além das declarações do
Ministério da Educação e declarações dos professores premiados. Para tanto, no período
de março de 2007 a setembro de 2008 foram realizadas pesquisas sobre o Prêmio
Professores do Brasil, através do site oficial da premiação, além do material impresso,
reportagens de jornais, fita VHS da premiação e entrevista com duas professoras
premiadas. Com objetivo de delinear o que é considerado digno de distinção pelo
Ministério da Educação e como a prática meritocrática de premiação delineia um perfil
de professor modelar. A pesquisa constatou que há, por parte do Ministério da
Educação, a legitimação do professor como “agente” principal da mudança da qualidade
no ensino público do Brasil. O professor premiado constitui o centro das “soluções”.
Em muitos casos os professores envolvem a comunidade para auxiliar em reformas do
espaço físico ou prover os recursos necessários ao ensino. A auto-responsabilização
aparece nas declarações dos professores premiados.
Palavra - chave: Magistério, Distinção, Meritocracia e Prêmio.
Esta pesquisa teve por objetivo discutir a Distinção, Meritocracia no Magistério.
Dividirei a discussão em três momentos: no primeiro apresentarei em linhas gerais a
prática do Magistério como prática distintiva. No segundo momento apresentarei a
prática da meritocracia no discurso do Governo Federal representado pela figura do
Ministro da Educação Fernando Haddad, e no Governo do Estado de São Paulo em
jornal direcionado aos professores. Num terceiro momento apresentarei a lógica dos
prêmios: Professores do Brasil como prática meritocrática institucionalizada.
1. Magistério e Distinção
O vestuário, a alimentação e os bens culturais conferem ao professor certa
distinção em relação a outras profissões. Além disso, a distinção parece ser elemento
próprio da profissão.
Segundo Bourdieu (1992) o professor luta por algo que está além das
recompensas, quer dizer, “(...) o lucro de ação presente, para sair da indiferença
pretendendo se afirmar como agente ativo, preso ao jogo subjetivo da missão social”
(p.49).
A luta pela distinção pode ser pautada pela posse do título de professor que, em
determinadas circunstâncias e para certos segmentos sociais confere certa diferenciação,
sobretudo em relação aos trabalhadores manuais. Conforme Pereira; Conceição &
Andrade (2006):
Funcionalmente admitidas para ganhar o salário mínimo,
algumas das professoras, em razão dos custos com o curso
(mensalidade, transporte e alimentação), estavam recebendo
R$15 por mês. Conquanto ganhando pouco para os padrões
urbanos, sobretudo os do sudeste e sul do País, essas
professoras fazem parte, mesmo sem disso ter consciência da
“elite” do município: têm rendimentos razoavelmente fixos e
não trabalham na lavoura, numa região de trabalho
predominantemente manual e sazonal, quando não, incerto.
Filhas de trabalhadores rurais e urbanos, analfabetos e semianalfabetos
(exceto ma, cujo pai havia completado o 2º grau),
conseguiram fugir, de algum modo, ao destino comum do
trabalho manual, e isso constitui para elas enorme fonte de
satisfação pessoal (“me sinto recompensada”; “ a minha
profissão é gratificante”). Por meio de investimentos materiais
e , sobretudo, afetivos, tão mais duramente suportados (“muito
lutei para chegar aonde cheguei”) quanto maior as dúvidas e
dificuldades enfrentadas, essas professoras conseguiram se
situar num ponto do espaço social que, correlativo ao espaço
físico onde atuam, permite o ganho de posição, isto é, essa
forma propriamente não-capitalista de acumulação de capitais



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