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Candido ou o Otimismo
(Voltaire)

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Trata-se do livro mais famoso de
Voltaire. Seu protagonista Cândido muito tem a ver com personagens ilustres de
outras obras do mesmo autor. O azar como capricho do destino, as grandes
viagens, os desencontros amorosos e os conflitos em relações de amizade
permeiam as ações principais. A crítica central aponta ao filósofo alemão Leibniz
que afirmara que vivemos no ‘melhor dos mundos possíveis e tudo que nos
acontece é sempre o melhor possível’. Embora o posicionamento real do alemão
não fosse alienante quanto Voltaire supõe nesse livro, o enredo dedica-se a
ironizar a questão, em alguns momentos de forma delicada e elegante, em outros
usando de impacto nem tão digerível assim a paladares mais sensíveis.

Cândido (atente para a origem do nome
que remete a candura, ingenuidade, inocência) é um jovem alemão para o qual seu mestre Pangloss
(alusão a Leibniz) é o maior sábio de seu país. Deseja imitá-lo após vê-lo
divertindo-se nos braços de uma aluna (a descrição desta cena romântica é
simplesmente fantástica), por isto beija a filha de um poderoso barão. O pai da
moça surpreende-o, tendo lhe expulsado de seu castelo a pontapés. O
prosseguimento da história ocupa-se das viagens e sofrimentos de Cândido sempre
sonhando rever sua amada a fim de viver a seu lado. Bulgária, Holanda e
Portugal são os países europeus por onde passará Cândido após deixar a
Alemanha. Em suas aventuras na América (curiosamente o autor Voltaire em certo
ponto de sua vida considerou a idéia de migrar ao continente americano), Cândido
acompanhado de um mestiço que conheceu na Argentina, conhece o Eldorado (a
mítica ‘terra do ouro’, cuja existência povoava os sonhos dos colonialistas europeus).
Ao norte do Paraguai e logo ao sul da região das Guianas, o Eldorado nesse
livro situa-se em região que coincide com o Brasil.

O valente porém azarado protagonista
conhece por todos esses lugares, personagens que simbolizam a hipocrisia de
políticos e religiosos do séc. XVIII, críticas ainda atuais, bastante próprias
à realidade de sérias instituições vigentes.

De volta à Europa, após encontros e
desencontros, que ora reaproximam ora afastam-no do alvo de sua paixão, Cândido
lamenta que aquela que outrora havia sido bela esteja velha, doente e feia.
Entretanto, ao afirmar perto de seu final que ‘é necessário continuar
cultivando nosso jardim’, a obra lança mais uma pérola com respeito à crítica ao
otimismo de Leibniz. A principio essa afirmação é mais um convite a uma
esperança cega. No entanto é preciso recordar que se a terra (jardim) germina e
produz, quem lança a semente e cuida do que nasce (cultiva) é o próprio ser
humano.



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