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O QUE SÃO CRÉDITOS DE CARBONO?
(LUCIANO LUGARES)

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O que são créditos de carbono?



Uma
medida que permite às indústrias e nações reduzirem seus índices de emissão de
gases do efeito estufa por um sistema de compensação. Funciona assim:
conforme o Protocolo de Kyoto, as nações industrializadas devem reduzir suas
emissões de gases do efeito estufa, durante o período de 2008 a 2012, em 5,2%
em relação aos níveis de 1990.

Os
governos calculam quanto precisam diminuir e repassam essa informação às
indústrias do país, estabelecendo uma cota para cada uma. Essas empresas podem
adotar medidas de eficiência energética para atingir suas metas ou ir ao
mercado e comprar créditos de carbono (um crédito de carbono equivale a 1
tonelada de dióxido de carbono). Daí a compensação: já que a empresa não vai
conseguir reduzir suas emissões, ela compra esse "bônus" de
terceiros.

Para que
uma empresa tenha direito a vender créditos de carbono, precisa cumprir dois
requisitos: contribuir para o desenvolvimento sustentável e adicionar alguma
vantagem ao ambiente, seja pela absorção de dióxido de carbono (por exemplo,
com o plantio de árvores), seja por evitar o lançamento de gases do efeito
estufa na atmosfera - a quantidade de CO2 que ela retirar ou deixar de despejar
na atmosfera é que pode ser convertida em créditos de carbono. Do total desses
créditos disponíveis para venda no mercado, 15% vêm do Brasil.

Como funcionam os créditos de carbono?

Para entender os créditos de carbono, é
preciso compreender primeiro o efeito estufa e o Protocolo de Kyoto. O efeito
estufa faz parte da dinâmica do planeta e, graças a ele, a Terra é mais quente
do que o espaço e tem a temperatura ideal para que os seres vivos sobrevivam.
Funciona da seguinte forma: parte do calor irradiado pelo Sol é devolvido ao
espaço. Porém, parte desse calor fica presa na atmosfera e é responsável por
manter o planeta aquecido. O problema é que o excesso dos chamados gases estufa
(gás carbônico, metano, óxido nitroso, fluoretos de enxofre e vapor
d´água) amplifica esse fenômeno e faz com que mais calor seja retido na
superfície do planeta, provocando o aquecimento global. Hoje em dia, os
pesquisadores descobriram que não são só os gases que provocam esse efeito. O
chamado carbono negro, que é a fuligem da fumaça, também tem papel importante
nesse mecanismo. "A fuligem provoca o sombreamento da superfície e
esquenta a atmosfera. Além disso, modifica a formação das nuvens, o que muda o
equilíbrio térmico do planeta".

Um dos mecanismos a que os países
desenvolvidos podem recorrer para cumprir a meta é comprar os chamados créditos
de carbono de países que diminuíram suas emissões. Assim, uma empresa
brasileira, por exemplo, pode desenvolver um projeto para reduzir as emissões
de suas indústrias. Esse projeto passa pela avaliação de órgãos internacionais
e, se for aprovado, é elegível para gerar créditos. Nesse caso, a cada tonelada
de CO2 que deixou de ser emitida, a empresa ganha um crédito, que pode ser
negociado diretamente com as empresas ou por meio da bolsa de valores.
"Porém, os países só podem usar esses créditos para suprir apenas uma
pequena parte de suas metas". Mesmo com essa restrição, o mercado de
crédito de carbono está em pleno desenvolvimento, principalmente por causa do
chamado mercado voluntário. Nele, mesmo países que não precisam diminuir suas
emissões ou que não assinaram o Protocolo de Kyoto podem negociar créditos.
Segundo um relatório divulgado por duas organizações americanas do setor de
mercado ambiental, Ecosystem Marketplace e New Carbon Finance, em 2008 o
mercado voluntário de carbono movimentou 705 milhões de dólares, por um preço
médio de 7,34 dólares por crédito de carbono. O Brasil é um dos países que mais
formulam projetos que geram créditos de carbono e que a expansão desse mercado
é inevitável. "É muito difícil para os países desenvolvidos conseguirem
atingir suas metas. Desde que o Protocolo de Kyoto foi assinado, houve um
aumento populacional, acompanhado do aumento da necessidade de insumos. E isso
acarreta um aumento natural da emissão de poluentes".

POR: Luciano Lagares



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