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A Filosofia de Aristóteles
(Gilberto Cotrim)

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Aristóteles estudou durante 20 anos na Academia de Platão (lembre-se, academias da Antiguidade exercitavam os neurônios e não os músculos), mas largou a mesma após um episódio de decepção que não nos interessa no momento, por isso, vamos direto as suas ideias. Aristóteles rejeitava a “Teoria das Ideias” de Platão, porque a ideia de seu mestre dizia que o que captávamos pelos sentidos eram ilusões e distorções da realidade. Para o “Aprendiz”, observar a realidade nos leva a constatar que existem vários seres individuais, concretos e sujeitos a mudança, seres que são captados justamente pelos nossos sentidos. A partir desse ponto de vista empírico, Aristóteles dizia que a ciência deveria buscar as essências de cada ser, através de um processo de conhecimento que vai do individual para o universal. O filósofo da Macedônia entendia que o ser individual não deve ser objeto da ciência, a ciência tem de estudar o universal, para estabelecer definições essenciais que possam ser usadas de modo geral. Aristóteles deu nome a operação que nossa mente exercita para realizar esse processo: indução. A indução, na cabeça de Aristóteles, representa o meio mais básico de adquirir conhecimento, com ela, o homem chega a conclusões científicas universais, depois de um trabalho metódico com os seres individuais.Aristóteles também retomou a questão do ser, ou seja, o embate entre as ideias de Heráclito e Parmênides, para resolver isso, Aristóteles propôs outro jeito de se estudar o ser, aonde devemos distinguir o “ato” da “potência”, veja a definição:Ato: Aquilo que já existe, a manifestação atual do ser.Potência: Aquilo que ainda não é, mas tem chances de vir a ser, ou seja, as capacidades daquele ser. Para Aristóteles, o movimento e a mudança das coisas na verdade se tratam de uma passagem da potência para o ato, por exemplo: Uma árvore não está dando frutos, mas pode dar frutos depois de um tempo, quando ela dá frutos ela torna um ato o que ela já continha em potência, as chances de algo acontecer se concretizam. Agora pense de outro modo, e se, no meio do caminho para a frutificação, a árvore é morta? Pode ser por qualquer motivo, Aristóteles vai classificar isso como um acidente, ou seja, algo que não acontece com frequência e é um fator externo a essência do objeto estudado, no caso a árvore. Seguindo essa ideia, Aristóteles disse que é preciso distinguir em todos os seres que existem:Substância: Aquilo que é estrutural do ser, ou seja, faz parte da sua essência. É tudo que o ser é nele mesmo.Acidente: Atributo não essencial do ser, tais atributo pertencem a ele, mas não são necessários para sua natureza. Para investigar o ato e a potência do ser, é necessário esclarecer a casualidade, porque a passagem da potência para o ato não acontece por acaso, ela é causada.Na cabeça de Aristóteles, a causa é tudo aquilo que vai determinar a realidade de um ser, e esse “tudo” existe em quatro tipos diferentes:Causa Material: Do que uma coisa é feita. Causa Formal: A forma de uma coisa. Causa Eficiente: O que ou quem criou aquela coisa.Causa Final: A razão da existência daquela coisa. Aristóteles diz que a Causa Final determina a Causa Formal, porque a finalidade daquele ser é o que vai determinar como ele será. A potência, sozinha, não é capaz de formalizar o ser em ato, para isso acontecer, é preciso que um agente transformador interfira no processo (Causa Eficiente), guiado por um objetivo (Causa Final).Em resumo, a Causa Final comanda todo o movimento da realidade.



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