Politica
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já sinalizou a dirigentes do
partido que vai se dedicar pessoalmente às reformulações e articulações
necessárias para fortalecer a sigla nas disputas municipais de 2012.
"O fato é que o PT ainda não conseguiu estabelecer um diálogo com os
eleitores paulistas no sentido de ter a maioria dos votos, embora nesta
eleição (a governador) quase tenha tido segundo turno em São Paulo",
admite o presidente nacional do partido, José Eduardo Dutra.
Aloizio Mercadante (PT) não conseguiu ir para o segundo turno com
Geraldo Alckmin (PSDB) por 72.571 votos. O petista teve, porém, o melhor
desempenho eleitoral (35,23% dos votos válidos) do partido se
consideradas as eleições a governador desde 1998, quando Marta Suplicy,
derrotada por Mário Covas, obteve apenas 22,18% dos votos.
"Ganhamos prefeituras importantes no Estado, mas não temos conseguido
atrair o voto da maioria do povo paulista. É um desafio não só para o
PT de São Paulo, mas para o PT do Brasil", acrescenta Dutra. Segundo
ele, o PT já se consolidou como um partido nacional, mas a importância
de São Paulo, berço do partido, não pode ser desconsiderada para a
sobrevivência política.
O presidente do PT no Estado, Edinho Silva, já levou o problema à
executiva partidária na última semana e preparou um cronograma de
seminários pelo Estado ao longo do ano de 2011 para tentar reaproximar o
PT de setores da juventude e acadêmicos. Para ele, essa é uma agenda
urgente para o partido que não pode ser adiada. O Estado de São Paulo tem se mostrado como uma espécie de escudo
eleitoral que o PT não consegue transpor. O diagnóstico, feito a partir
do resultado das eleições deste ano e de pleitos passados, deixa
dirigentes do partido em alerta e exige uma reformulação de estratégias
para disputas futuras.
O PT progressivamente aumenta sua penetração entre segmentos
populares e de baixa renda, mas seu discurso não tem comovido o eleitor
paulista de classes médias mais conservadoras, mais escolarizado e de
maior renda nas últimas eleições. As crises de 2005 e 2006 do PT, o
mensalão e o dossiê dos aloprados, explicam essa resistência eleitoral,
segundo os próprios petistas.
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