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O cemitério de Praga - Umberto Eco
(Umberto Eco)

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Umberto Eco é um erudito e parte de seus livros, tal como ocorre com seu romance de maior sucesso – O Nome da Rosa -, nos remete há tempos antigos. Dentro desse contexto, O Cemitério de Praga conduz o leitor a um passeio pelo período oitocentista, onde o protagonista principal, o único que realmente não existiu, de nome Simone Simonini, interage com figuras do calibre de Dumas e Freud. Ainda que o início do livro possa parecer até certo ponto entediante, é necessário para a compreensão da história e a fantástica construção do personagem de Simone Simonini. É no começo da obra que o autor lança impressões sobre os jesuítas, os maços e os judeus, categorias essas que terão papel fundamental no decorrer da trama e no desenrolar dos acontecimentos. Simone Simonini é quem mais desperta a atenção e sua trajetória é contada na forma de um diário, através de notas lançadas por ele e pelo misterioso abade Dalla Piccolla, cuja existência é colocada em dúvida pelo “Narrador”, que em diversos capítulos nos relata acontecimentos que se passaram e que foram relatados por Simone Simonini e Dalla Piccola (duas pessoas ou uma só?) no mesmo diário. Como se pode perceber, a trama criada por Umberto Eco nos envolve de tal maneira que fica difícil largar o livro sem saciar a curiosidade do que está por vir. Apenas para que o leitor dessa resenha despretensiosa tenha vontade de se aventurar pelas páginas do romance, posso adiantar que durante a trama Simone Simonini, mestre em falsificação de documentos e perito em reproduzir a grafia de terceiros, envolve-se em diversos complôs envolvendo judeus e maçons, conversões religiosas, conspirações, rituais satanistas, mortes, explosões, entre outros eventos, tudo movido por dinheiro e a base de informações falsas e inventadas por solicitação daqueles que buscam o controle de tudo e todos. Já quanto ao Cemitério de Praga, basta informar que “graças a certas gravuras mais imaginativas que o retratavam à luz da lua, logo me pareceu claro o partido que eu podia tirar de uma atmosfera de sabá, se, entre aquelas que pareciam lajes de um pavimento soerguidas em todos os sentidos por um abalo telúrico, se dispusessem, curvados, encapotados e encapuzados, com as barbas grisalhas e caprinas, rabinos dedicados a um complô, inclinados também eles como as lápides em que se apoiavam, formado na noite uma floresta de fantasmas crispados.”



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