Do que as mulheres gostam
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O filme “Do
que as mulheres gostam” é uma comédia romântica que trata da história do
publicitário Nick Marshall – interpretado por Mel Gibson -, que almeja o cargo de
diretor de criação
da empresa, contudo, se vê frustrado quando descobre que contrataram para
assumir este posto uma publicitária de uma empresa concorrente, Darcy Maguire – interpretada
por Helen Hunt. Neste filme, o personagem Nick Marshall passa a
ter o dom de ouvir o pensamento das mulheres, passando a usar essa habilidade
para conquistar a simpatia de sua chefa.
A
empresa em que Nick trabalha é especializada em publicidade, logo seu objetivo
fundamental é entender as necessidades do cliente e assim, investir em
campanhas que mostrem o que o mercado tem a oferecer para que essas necessidades
sejam atendidas, assumindo o papel de não apenas orientar o consumidor sobre
vantagens e desvantagens de um produto ou serviço, mas de demonstrar também,
modelos a serem seguidos, conforme expressa Souza (2000).
Nick era um funcionário antigo nesta
empresa, sendo respeitado e reconhecido por seu trabalho, que inicialmente era
voltado para o público masculino, logo o personagem ganhou destaque por
conseguir exercer sua função com mérito, mas para que isso ocorresse deveria
haver a articulação de pelo menos dois fatores: os valores prezados pelo Nick e
os valores preconizados pela organização.
E os valores que uma organização
preconiza estão entre os aspectos fundamentais da cultura organizacional, que
se caracteriza por um “conjunto de mecanismos que
incluem controles, planos, receitas, regras e instruções que regem o comportamento
dentro da organização”, delimitando ainda, como as pessoas conduzem suas
atividades dentro da organização (ZANELLI; BORGES-ANDRADE; BASTOS, 2004).
Sem o respaldo da organização Nick pouco
poderia fazer, sendo assim, para que ele tivesse êxito com suas campanhas com
ideias mais masculinas, que incluíam carros caríssimos e mulheres sensuais, ele
precisaria estar de acordo com os valores daquela organização, que, como é
explorado em alguns momentos do filme, tem uma cultura mais machista. Exemplos
dessa cultura são: cargos de chefia ocupados por homens, ambiente masculinizado
e sóbrio, tendência a escolher por campanhas voltadas para o público masculino,
desvalorização de conceitos e ideias que aparentem ser mais femininas, entre
outros.
Contudo, a direção desta organização
passa a querer romper com esta idéia, buscando então mecanismos para lidar com
campanhas voltadas para o público feminino, e, para isso, contrata Darcy Maguire, que era de uma
empresa concorrente para ser a nova diretora de criação. Essa mudança pode ser
melhor entendida se a organização for vista como um todo orgânico e coerente,
onde elementos sociais se interligam e
desempenham funções específicas para manter um equilíbrio dinâmico e que, ainda
possa manter transações com o seu ambiente
que influenciem a sua sobrevivência e progresso (MOTTA, 1999). Com esta
contratação, percebe-se então que a organização passa a busca um processo de
mudança, não pela ruptura com os valores antigos, mas através da agregação de
novos valores.
Neste
momento, percebe-se como a organização impacta a vida do individuo, pois neste
caso, além de frustrar os planos de Nick, demandou que ele aceitasse ser
comandado por uma mulher e ainda, o obrigou a rever seus próprios conceitos
enquanto ser humano, profissional, pai, homem e companheiro, bem como a
interação que ele tem com o sexo oposto.
Quando
Nick se propõe a “experimentar” os produtos femininos distribuídos por Darcy,
ele se permite descobrir um pouco do universo feminino, e, ao adquirir a
habilidade de ler o pensamento das mulheres, passa então a descobrir coisas
como: o que elas querem, como elas poderiam fazer uso de alguns produtos, que
tipo de conceitos poderiam ser usados em uma campanha voltada para as mulheres,
etc., o que ao longo do filme lhe permite, não apenas ganhar a confiança da
chefe, mas também atender as necessidades deste público. Logo, após este
processo, Nick deixa de expressar as ideias que a organização considerava
obsoletas para então, se adequar a nova cultura organizacional, passando ainda
a questionar certos hábitos já instituídos e propondo mudanças.
Vale
ressaltar que Nick só consegue se adaptar a nova cultura organizacional quando
passa a ter a habilidade de ouvir o pensamento das mulheres e passa a perceber
as potencialidades disso, pois lhe dá a possibilidade de saber o que as
mulheres desejam e como conseguir agradá-las, o que lhe permite atendê-las em
suas necessidades com maior eficácia.
Assim,
de uma forma mais sutil, o atendimento ao cliente é outro tópico abordado no
filme que, mesmo de uma maneira fantasiosa, mostrou que um profissional, em
qualquer área, deve dispor de um “bom atendimento ao seu cliente”, não apenas
com o intuito de vender o seu produto ou serviço, mas “para proporcionar
satisfação” e assim, “conquistar a confiança e o respeito” deste cliente, o que
fundamenta a credibilidade de uma empresa mediante o mercado (SPECTOR, 2006).
De
forma geral, pode-se tirar muitas lições deste filme, pois, assim como a vida
de Nick, a realidade de uma organização e das pessoas que nela trabalham ou das
que compram os seus produtos ou serviços, é bastante dinâmica e desafiadora,
instigando a busca constante por conhecimento, aprimoramento pessoal, e
disponibilidade para lidar com as mudanças, pois é sempre necessário se adaptar
ao ambiente para que se possa sobreviver, e isso acontece tanto com as pessoas,
quanto com as organizações.
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