A Filosofia de David Hume
(Gilberto Cotrim)
Hume dividiu tudo o que percebemos entre “impressões” e “ideias”. Não entendeu nada, não foi? Problema nenhum, com um pouco de esforço, olhe para baixo e verá as definições:Impressões: Se referem a tudo que percebemos pelos sentidos.Ideias: Representações mentais vindas das impressões.Ou seja, a ideia nada mais é que uma representação da impressão, mas pode possuir diferentes formas. Por exemplo, uma pessoa que nasceu surda nunca terá uma ideia de som.Hume foi um forte crítico do raciocínio indutivo, ele dizia que por mais variadas que fossem as percepções de um mesmo acontecimento que as conclusões desse raciocínio proporcionavam, elas não possuíam fundamento lógico. Segundo David, as repetidas percepções fazem-nos confiar que aquilo que se repetiu até este momento irá se repetir amanhã, mas na realidade, não há nada que garanta isso em termos lógicos, não há nada que garanta que esse fato vai ser repetir da mesma forma, indefinitivamente.Diante disso tudo, Hume chegou a conclusão que o raciocínio científico era contraditório, pois se dizia puramente racional enquanto suas bases não eram tão racionais assim, eram crenças e hábitos intelectuais.Hume acreditava que o raciocínio dedutivo era o único a se apoiar em uma lógica racional. É importante dizer que esse raciocínio não oferece conhecimento novo, uma vez que sempre conduz à particularidade de uma lei geral previamente conhecida. A dedução apenas organiza e especifica o conhecimento que já se possui. Ela tem como ponto de partida o plano das verdades estabelecidas e converge para um ponto interior deste plano.
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