| Os Vingadores
 (Marcelo Leme)
 
 
 Direção:
Joss Whedon
 
 Roteiro:
 Zak Penn, Joss Whedon
 
 Elenco:
 Robert Downey Jr., Chris Evans, Mark Ruffalo, Chris Hemsworth, Scarlett
 Johansson, Jeremy Renner, Tom Hiddleston, Clark Gregg, Cobie Smulders, Stellan
 Skarsgård, Samuel L. Jackson, Gwyneth Paltrow, Paul Bettany
 
 O
 planeta está ameaçado por forças alienígenas trazidas pelo asgardiano Loki (Tom
 Hiddleston). O ataque é caótico, Nova York está sendo destruída e os humanos
 com suas limitações pouco podem fazer. Nesse clima os heróis entram em ação. Com
 efeitos especiais eficazes e uma produção generosa, o projeto muito bem
 dirigido e escrito por Joss Whedon é impactante.
 
 Unir
 tanta gente numa só obra é uma aposta das mais perigosas. Cada um teria tempo
 de mostrar a que veio? Alguns são priorizados, certamente, porém ninguém sai
 depreciado. Os heróis juntos têm medida suficiente em cena para impressionar,
 cada um à sua maneira, seja pela ironia ou pelas sutilezas, estabelecendo um vínculo
 com seu público sedento pela diversão.
 
 Tudo
 está bem amarrado com um roteiro afinado à proposta de distração sem temer o
 absurdo e tampouco o humor voluntário, este funciona não só como um alívio
 diante a ação estupefata, mas como um acréscimo de ânimo às investidas
 dramáticas.
 
 Num
 roteiro que discute moral através de desentendimentos e rixas pela diferença,
 sobretudo de época e de lugar, o longa de Whedon exprime convicções sobre o
 coletivo e seus variados ideais. A narrativa é o herói em si, esse papel
 apreciado e seguido, embora socialmente debatido, segundo os valores
 estabelecidos. Daí divergem concepções, uns constatando como amparo enquanto
 outros sugerem aberrações, o ser diferente que assusta, importuna.
 
 As
 melhores sacadas do texto são de Tony Stark, desenvolvidas com graciosidade por
 Robert Downey Jr. Thor mantém a imponência de um deus graças à vaidade de Chris
 Hemsworth enquanto Chris Evans garante o tom enérgico de Capitão América
 exalando americanismo. Três armas cujos poderes notáveis dignificam Os
 Vingadores. Entre os heróis, a coisa melhora é quando Mark Ruffalo aparece com
 seu Hulk, provavelmente o melhor concebido pelo cinema. Aperfeiçoado e bruto
 como nunca visto, é capaz de fazer o público no cinema ovaciona-lo por sua
 violência desmedida constatada em atos estranhamente bem humorados.
 
 Em
 outra instância, outros dois personagens se equivalem sem os aparatos
 fantásticos dos já mencionados. A Viúva Negra com sua autoridade e eficiência
 se garante como um dos atributos mais significativos da trama em diálogos
 entusiasmados, esbanjando também  muita sensualidade. Scarlett Johansson,
 esforçada no papel, incendeia. Já o ótimo Jeremy Renner dá dignidade ao seu
 Gavião Arqueiro em dois âmbitos importantes da narrativa, edificando um herói
 de guerra, nunca preparado para um confronto universal como o acontecido.
 
 Ostentações
 técnicas sobressaem cena a cena, o som é expressivo, ouvimos com destreza o
 barulho da flecha do Gavião Arqueiro ou as latarias amassando. As aspirações
 são tremendas e eloqüentes, e a produção constata isso: um filme de explosões,
 efeitos surpreendentes e adornos floreados. De longe, é o mais expressivo
 trabalho da Marvel, garantindo um sorriso nos fãs das HQ’s.
 
 Os
 Vingadores honra esses heróis da Marvel com a magnificência de uma grande
 produção cujo divertimento proposto é virtuoso. Engraçado e enérgico, o longa
 se fundamenta no que seus fiéis apreciadores querem e cumpre elegantemente a
 expectativa gerada acerca dele.
 
 
 
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