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O que é Depressão?
(Dr. Pedro Pinheiro)

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A
depressão é uma doença psiquiátrica crônica, extremamente comum, caracterizada
pela alteração do humor do paciente, deixando-o triste, desanimado, sem energia
e com dificuldade de lidar com sua própria vida. Não é uma fraqueza, nem é algo
que o paciente possa simplesmente resolver apenas com a vontade própria. Para o
deprimido, deixar de estar triste não é como o fumante que pretende parar com o
cigarro. Não é uma questão de tomar a decisão e manter-se fiel a ela. É uma
doença que geralmente requer tratamento a longo prazo e precisa de ajuda médica
para ser controlada.

Ela
pode surgir em qualquer fase da vida, desde a infância até a terceira idade. É
uma doença tão comum que estima-se que 12% dos homens e até 25% das mulheres
apresentarão algum grau de depressão ao longo de suas vidas.

Tristeza
e depressão são coisas diferentes. Na verdade, a tristeza costuma ser um dos
sintomas da depressão, mas só ela não basta para o seu diagnóstico. A tristeza
é uma reação normal e esperada para muitas situações, como a morte de um ente
querido, o fim de um relacionamento amoroso, perda do emprego, etc. É
completamente normal o indivíduo passar alguns dias ou semanas tristes após
situações de perda. Isto não é depressão.

Para
ser depressão o quadro de tristeza tem que ser prolongado e acima do normal,
sendo suficiente para interferir nas atividades diárias da pessoa, reduzindo a
capacidade de cuidar de si mesmo, atrapalhando relacionamentos, prejudicando
suas atribuições profissionais, etc. Se você perde um parente e sente-se triste
por semanas, isso é normal. Mas se esta tristeza for tão intensa que semanas
após a perda você ainda não conseguiu retomar a sua vida em questões básicas,
como trabalhar, manter higiene pessoal, cuidar da casa, isso pode ser
depressão.

Na
tristeza, o indivíduo costuma apresentar períodos de melhora ao longo do dia,
conseguindo esquecer por momentos a causa da sua tristeza. Na depressão, o
sentimento é contínuo e não alivia com a ajuda de outros. O deprimido sente uma
pesada culpa, mas não sabe explicar bem por quê.

A
tristeza sempre tem uma causa, a depressão não. Obviamente, o falecimento de
uma pessoa próxima pode desencadear uma depressão, mas nem sempre situações
tristes precisam ocorrer para o indivíduo iniciar um quadro de depressão.

Assim
como acontece em diversas doenças psiquiátricas, não existe uma causa única
para a depressão, que parece ser provocada pela interação de diversos fatores,
sejam eles físicos ou psicológicos. A depressão não surge apenas por problemas
emocionais ou psicológicos. Pessoas que possuem familiares com depressão
apresentam um maior risco de também desenvolverem a doença, indicando que
existe uma vulnerabilidade à depressão que pode ser herdada geneticamente. Na
verdade, ter familiares próximos com outras doenças psiquiátricas, como
síndrome do pânico, distúrbios afetivo ou até mesmo alcoolismo, também são
fatores de risco para depressão.

Várias
doenças neurológicas aumentam o risco de depressão, entre elas, AVC, Parkinson,
Alzheimer, esclerose múltipla, epilepsias, tumores do cérebro e traumatismos
cranianos.

Pacientes
portadores de doenças crônicas também estão mais vulneráveis ao aparecimento da
depressão. As mais comuns são: diabetes, doenças cardíacas, hipotireoidismo,
AIDS, cirrose, doença inflamatória intestinal, lúpus, artrite reumatoide, fibromialgia,
entre outras.

Traumas
adquiridos na infância são um importante fator de risco para o desenvolvimento
da depressão. Entre os traumas estão abusos, ausência do pai, falecimento de um
ente próximo, agressões ou falta de afetividade por parte dos pais.

Relações
problemáticas com pais, irmãos e colegas são comuns em crianças e adolescentes
com depressão. Adultos com depressão também frequentemente relatam pouco
envolvimento paterno e superproteção materna durante a primeira infância. depressão.

Embora
o transtorno depressivo possa surgir sem quaisquer fator emocional
precipitante, estresses e perdas pessoais certamente aumentam o risco. Perdas
de pessoas amadas são fatores de risco importantes nos indivíduos mais jovens.
Nos idosos com longos casamentos, a perda do esposo ou da esposa também costuma
ser um evento desencadeador de depressão. Dor crônica, doença crônica,
incapacidade e doenças que deixam sequelas também podem levar à depressão. Isolamento
social, excesso de críticas e cobranças por parte da família, dificuldade
econômica persistente, separação matrimonial ou baixa autoestima também são
fatores comuns.



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