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O Chat educacional: o professor diante desse gênero emergente
(Lília Santos ABREU)

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Resenha sobre o texto O Chat educacional: o professor diante desse gênero emergente

Rafael Abrahão de [email protected]



Lília Santos Abreu, no texto O Chat
educacional: o professor diante desse gênero emergente, aborda os
principais aspectos relacionados ao chat
educacional, apresentando algumas
características de gêneros importantes para a categorização deste termo, bem
como as suas características e alguns dados sobre o uso desta ferramenta de
ensino por parte do professor (dados estes que foram retirados de chats feitos na PUC/SP e que fazem parte
da pesquisa desenvolvida na tese de doutorado da autora deste texto), para que
no final sejam obtidas algumas conclusões e sugestões para a utilização deste
gênero no âmbito educacional. Este texto foi dividido em quatro partes, fazendo
com que o leitor compreenda com clareza a pesquisa feita pela autora.

Em um primeiro momento, Abreu coloca o embasamento teórico de seu
trabalho, conceituando o termo gênero
de acordo com Bakhtin (1992): “(...) tipos relativamente estáveis de
enunciados”. Logo, esses enunciados desenvolvidos sócio-historicamente se
relacionam com situações sociais diversas, sendo que cada gênero é gerado por
cada situação social, tendo as suas próprias características temáticas,
composicionais e estilísticas. Em seguida, Abreu define o termo chat de modo geral, que é entendido como
“instrumento do sistema da rede que permite uma forma de comunicação síncrona
entre os participantes” (Abreu, 2003); além disso, ela define as finalidades
deste gênero, que possuem algumas regularidades ainda não bem definidas, como o
uso de sinais gráficos para a expressão de emoções (emoticons).

Por conseguinte, a autora faz uma análise desta relação, colocando que o chat é visto como instrumento de
interação que media, materializa e transforma o comportamento do indivíduo.
Nesta primeira parte do trabalho, Abreu postula as concepções de gênero e
ferramenta de acordo com os autores citados anteriormente, fazendo uma breve
introdução para situar o leitor no que diz respeito à definição do
termo chat (considero tentativa pelo
fato de não haver ainda grandes estudos acerca da sua definição), além de suas
características principais.

No segundo tópico, Abreu mostra as tentativas de normatização do chat no meio educacional, em que há a
diferenciação dos objetivos deste em relação ao chat social. Os objetivos do chat
educacional, segundo Horton (2000), são os mais diversos, dos quais podem se
destacar a promoção de sessões para tirar dúvidas e o encontro de grupo de
estudos entre os alunos; mas é válido ressaltar que, o professor, como mediador
deste, não deve fazer uso de explicações aos alunos sobre um determinado
assunto, pois isto pode ser feito em grupos de discussões no lugar do chat. As características deste meio
educacional, de acordo com Horton, são as seguintes:

Número restrito de participantes (5 a 7
membros);Espaço para troca de idéias rápidas, espontâneas
e emocionais;Duração de 20 a 90 minutos, previamente organizados (em
relação aos horários e aos objetivos).

No que diz respeito à atuação do professor, Horton
ressalta que este “(...) deve ditar o ritmo da aula, garantir a participação de
todos e tentar solucionar os problemas” (Abreu, 2003). Além disso, o professor
deve preparar com antecedência o trabalho a ser desenvolvido no chat, sendo que esta preparação deve ser
avaliada e gerenciada em conjunto (professor e alunos), deixando claro os
objetivos, horários, o que se deve fazer antes do evento e a obrigatoriedade da
participação neste chat. Algumas
regras foram sugeridas por Horton, denominadas de “guia para participação de
eventos ao vivo”; estas regras devem ser colocadas à disposição dos
participantes do evento com antecedência em que pode se destacar:

Manter o assunto a ser discutido;Não escrever nada que não possa ser lembrado
para sempre (há um registro do texto escrito);Não cumprimentar cada participante
individualmente, mas de maneira geral;Deixar claro qual pergunta sesta sendo
respondida;Esperar o término da fala do outro.

Com isso, Abreu, no segundo tópico do texto, busca
mostrar ao leitor as tentativas de normatização do chat educacional, baseando-se no livro Designing Web-Based Training, de William Horton; nesta tentativa, a
autora coloca as sugestões que Horton postula em seu livro, relacionando-as com
os três elementos que caracterizam o gênero (segundo Bakhtin): o conteúdo (“ter um assunto previamente
definido”), o estilo (“troca de
idéias espontâneas e emocionais”) e a construção
composicional (esperar o término da fala, por exemplo).

Na terceira parte de seu trabalho, Abreu apresenta os dados
coletados por ela em sua pesquisa, com o objetivo de ilustrar os elementos
citados por Horton. Ela percebe que este gênero, por não ser completamente
dominado por seus participantes, acaba acarretando dificuldades no seu
desenvolvimento. Com a análise realizada, a pesquisadora nota que o chat educacional possui uma certa
instabilidade no que diz respeito ao seu uso, visto que o uso de novas
tecnologias na educação é algo novo e ainda pouco definido, isto é, há uma
falta de experiência em relação à aplicação dessa nova técnica de ensino.

Por fim, a autora conclui a sua pesquisa ressaltando que
o domínio do uso do chat no âmbito
educacional depende do conhecimento que professores e alunos possuem acerca
deste gênero, o que resultaria em uma melhor comunicação entre o professor e os
alunos; assim, ela coloca que este gênero deve ser melhor estudado, com o
objetivo de definir as suas características e os aspectos que dele podem ser
explorados para o uso educacional. A autora diz ainda que, por ser um gênero
ainda em construção, o chat educacional
deve ser visto como um meio pelo qual deve haver o questionamento sobre o papel
do professor enquanto educador fazendo o uso de novas tecnologias, para que
haja o aperfeiçoamento deste uso em prol do desenvolvimento educacional. Nesse
texto, a autora mostra ao leitor a sua pesquisa de uma maneira clara e
objetiva, ressaltando os pontos principais e relacionando-os com teorias afins.



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