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O HOMEM BRASILEIRO E O MEIO
(Antonio Rocha Penteado)

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"O Homem Brasileiro e o Meio" é amplo estudo sobre o "Continente Brasileiro" onde o homem tem que enfrentar o meio físico aproveitando os recursos dos diferentes quadros naturais. Cita P. Deffontaines, o qual estabelece as relações do homem com o meio: - o homem e a montanha: a montanha pastoril; montanha horticultora; residência de verão; floresta, rios, pesca, coleta, zona cultural, etc.Cada região apresenta manifestações ou reações próprias do homem em relação ao meio. O que vale para uma região não vale para outra. Enquanto o sertanejo do NE sofre com a seca, o amazonense sofre com cheias catastróficas. De norte a sul os contrastes são muitos. O povoamento do Brasil foi feito enfrentando a complexidade do território e as etapas econômicas. O Homem e o Clima: -devido à dinâmica das massas de ar predomina o clima quente úmido com alternâncias de secas e chuvas; é ele que determina as atividades agrícolas que divergem em seus calendários. O clima determina movimentos migratórios - exemplo: no Nordeste - do semiárido para o litoral, ou para o sul/sudeste ou para a amazônia - sempre prontos para voltar quando as chuvas de inverno chegam. No sul o problema são as geadas que afetam determinadas lavouras. O Homem e a Vegetação:- predomínio do extrativismo florestal (madeiras de lei, látex, castanhas, guaraná, essências aromáticas, etc). A adaptação do homem do amazonas: casas palafitas (com um jardinzito aéreo sobre o jirau). No sul há os 'mateiros' na região dos pinheirais; os 'ervateiros' do Mato Grosso fazem coleta no inverno e primavera e se dedicam à agricultura no outono/inverno. Fala da agricultura itinerante responsável pelo desmatamento - herança indígena; da criação de gado nos campos de norte a sul que determina os diferentes tipos do 'vaqueiro' da criação extensiva.Prossegue falando da ocupação do solo para a agricultura comercial que foi deixando atrás de si as marcas da degradação, que passou a ser objeto de ações de recuperação e conservação através de politicas de adequação de técnicas de melhor padrão. Ao falar do Homem e as riquezas do subsolo chama a atenção para os antigos escudos pré-cambrianos e as bacias sedimentares e as matérias primas (ferro, manganês, minérios atômicos, petróleo, carvão, etc.) e destaca a figura humana do garimpeiro e do faiscador - impenitentes transformadores da paisagem... Em O Homem e o relevo chama atenção para o fato do Brasil possuir apenas 3,12% do território acima dos 900 metros de altitude. A falsa ideia de um país montanhoso foi criada devido à presença de escarpas na faixa litorânea que foi sendo ocupada pelos colonos (Rio de Janeiro, Salvador, Recife, São Luiz, Santos) e que se expandiram pelas baixadas com culturas tropicais. A ocupação do planalto seguiu os eixos dos rios principais que formaram corredores (Tietê, Vale do Paraíba); a mineração levou a um afastamento dos vales e das baixas encostas. No Brasil Meridional com a presença do imigrante desenvolveram-se culturas de frutas e verduras e a indústria vinícola. As áreas serranas serviram a criação de estações de veraneio; o aproveitamento das quedas d'água para produção de energia elétrica criou condições para um salto econômico e social modificando a paisagem do Sudeste brasileiro. Os rios - "veias do sangue da planície, rico farnel do pobre e do rico". O ribeirinho do Amazonas mora no rio. Vive dele. O barqueiro, os pescadores, remeiros, etc, são figuras do homem do rio. Quanto ao litoral, amplamente aberto ao mar, tem sido pouco aproveitado. Faltam ancoradouros naturais, salvo no Rio de Janeiro e em Salvador. As atividades se concentram nas salina, pesca, veraneio. O NE está associado ao jangadeiro. A população é composta de caboclos, negros, mulatos. Há os colhedores de coco, indústria de esteiras, pequenas roças . No sul aparece o caiçara, onde a figura do pescador é associada ao espia que observa a proximidade dos cardumes de tainhas. Outras atividades como a coleta de palmito, plantações de banana e pequenas roças de mandioca. A presença de japoneses, alemães e espanhóis no cultivo de bananais se deu após o declínio do café. O litoral de sul a norte é explorado para veraneio e turismo.O último item é sobre o homem e o meio cultural. Brasil - único país tropical cuja população predominante é de brancos (1950). O baixo nível cultural da maior parte da população não é uma fatalidade do meio ambiente. "A ignorância é a principal doença dos Trópicos" - cabe culpa a administração pública que não investe em educação e saúde pública provocando a grande desigualdade entre o Brasil rural e o urbano; entre o Norte e Sul; litoral e sertão. Isso cria tipos humanos muito diferenciados.Encerra com uma caracterização dos diferentes tipos humanos. Entre outros, cita o caboclo que vive fora da atividade econômica, mas que embora' viva sem dinheiro leva uma vida folgada com muito pouco pesado'; do andarilho sofrido dos seringais do norte; o sertanejo nordestino hospitaleiro, de uma serenidade admirável; do gaúcho jovial que passa a vida solto ao vento vestido de trajes de festa; do mineiro sóbrio mas que se diverte contando estórias - aquele que não corre para pegar o trem. O elemento humano brasileiro, para o autor, merece um estudo de sua personalidade e de seu caráter além dos traços físicos e culturais que tão bem os diferenciam de norte a sul.Esta é uma visão de cerca de meio século atrás. Muita coisa mudou. A ocupação do território e a forte urbanização criou outros elementos humanos de variada expressão cultural.



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