Simon Bolívar: libertador ou ditador?
(Kadu)
“ É impossível governar a América” , declarou SIMÓN BOLÍVAR no fim da vida. “ Aqueles que seviram àrevolução araram o mar”. Desde o início, ele se preocupou não só em libertar dodomínio espanhol boa parte da América do Sul com também impor a ordem à região.Para tanto, reivindicou para si vasta autoridade, defendendo uma constituiçãoque o nomeasse presidente vitalício da Grã-Colômbia ( Colômbia, Panamá,Venezuela e Equador). Quando os liberais da Venezuela tentaram se separar daGrã- Colômbia e formar uma república independente, ele assumiu poderesditatoriais para impedir o movimento. BOLÍVAR não era nenhum George Washington, que foi capaz de deixar o cargo de presidente após doismandatos, confiante de que o país sobreviveria e prosperaria sob as diretrizesda constituição. A situação na América Latina era a mais precária, em parte porque a Espanha nada fizera para promover instituições autônomas – ao passo queas colônias britânicas haviam tirado a oportunidade de formar suas próprias assembleias.De certo modo, o desafio de BOLÍVAR assemelhava-se ao de NAPOLEÃO, que assumiua liderança de uma república francesa nascida em meio a dificuldades após aabolição da monarquia. A solução de Napoleão foi assumir a autocracia e tornar-se imperador. Ao contrário do oportunismo dofrancês, BOLÍVAR tentou reforçar sua autoridade pessoal não só para satisfazersua sede de poder, mas também para impedir que os países relativamente fracosque libertara mergulhassem no caos e tivessem de se submeter política oueconomicamente a potências com a FRANÇA ou a GRÃ-BRETANHA. “ A independência é a única benção que adquirimos, à custa de todo o resto” , lamentou antes de abrir mãodo poder, em 1830, em nome do homem escolhido para sucedê-lo e que logo seriaassassinado.
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