Utilização de técnicas da terapia cognitivo-comportamental em grupo...
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HELDT, Elizeth e et al. Utilização de técnicas da terapia
cognitivo-comportamental em grupo para pacientes com sintomas residuais do
transtorno de pânico: Seguimento de 2 anos. Ver HCPA, 2008; 28(1).
R E S
U M O:
O transtorno de pânico ( TP) caracteriza-se pela presença de
ataques súbitos de ansiedade, acompanhados por sintomas físicos e efetivos e
pelo medo de ter um novo ataque. É também comum a evitação de locais ou
situações nas quais já ocorreram esses ataques. O curso do TP tende a ser crônico
em mais de 85% dos pacientes, e a presença de sintomas reduz a qualidade de
vida e o funcionamento psicossocial.
No entanto, muitos pacientes, apesar de estarem utilizando
medicamentos, seguem sintomáticos, apresentando recaídas ou remissão apenas parcial
dos sintomas. Estudos evidenciaram que, após 4 anos de tratamento
medicamentoso, cerca de 30% dos pacientes estão assintomáticos, 40 a 50% estão
melhores, mas ainda sintomáticos, e 20 a 30% apresentam-se iguais ou piores.
As técnicas da TCCG são:
1-
Respiração
diafragmática – orienta-se o paciente de que a respiração deve partir do
diafrágma, inspirando pelas narinas uma
quantidade suficiente de ar e expirando pela boca.
2-
Relaxamento
muscular – é um exercício que envolve a prática de tensão e relaxamento
progressivo dos principais grupos musculares do corpo.
3-
Reestruturação
cognitiva – inicia-se pela identificação e pelo registro de pensamentos
automáticos e crenças disfuncionais.
4-
Exposições
– chama-se de exposição interoceptiva a simulaçao das sensações físicas para
provocar sintomas semelhantes aos encontrados durante o ataque de pânico, como
aumento da frequência cardíaca, tontura, dispneia, etc.
Independente de ter ou não atingido os critérios de remissão,
um número grande de pacientes continuava a utilizar as técnicas aprendidas no
tratamento com TCCG 1 ano e 2 anos após o término da terapia. A técnica mais
utilizada em ambos os períodos de seguimento foi a respiração diafragmática.
O presente estudo demonstrou que, independente da resposta à
TCCG, os pacientes continuam utilizando as técnicas aprendidas durante a
terapia em um período de até 2 anos de seguimento. A respiração diafragmática
foi a técnica utilizada por mais de 70% da amostra, tanto na avaliação de 1 ano
quanto na de 2 anos.
A medicação ainda é a primeira escolha de tratamento para o
TP no Brasil. Embora a eficácia da TCCG esteja bem documentada na literatura e
pareça ser especialmente custo-efetiva para o tratamento do TP, a sua
utilização é relativamente limitada no país, provavelmente devido a falta de
profissionais treinados nessa modalidade de tratamento. A necessidade de
terapias que produzam resultados efetivos, que tenham menor custo e que sejam
oferecidas a um maior número de pessoas, justifica-se pela crescente demanda
dos serviços de psiquiatria e saúde mental, especialmente por parte das
instituições públicas responsáveis pelo atendimento da saúde da população.
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