Ocaso do Ciclo da Borracha
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Entre o final do século XIX
e início do século XX, deram-se importantes definições de fronteiras então em
litígio, levadas a cabo, principalmente, com base no princípio do uti possidetis, a partir do qual o
Brasil passa a conviver com o dilema da efetiva ocupação do território nacional
e do seu aproveitamento econômico, em particular. A Amazônia, que havia entrado
em letargia econômica com o fim da Era da Borracha, encontraria uma tentativa
de ressurgimento nas primeiras décadas de governo republicano, a partir,
especificamente, do Decreto 2543-A de 1912.
Com o fim da
Monarquia e o advento da República, em 1889, ganha força o projeto de defesa da
borracha, já então em um declínio significativo de preço (do qual ela não
sairia) e enfrentando forte concorrência asiática. Trata-se, também, de buscar
a recuperação econômica da região amazônica como um todo. Neste contexto,
elabora-se, em 1912, o Decreto 2543-A, que contemplava ainda a previsão de
construção de “uma estrada de ferro que, partindo de um ponto conveniente da
estrada de Ferro Madeira e Mamoré, (tenha) um ramal para a fronteira do Peru”. Contudo, a não execução
desse decreto “provocou o colapso na estrutura econômica de toda a região, que
imergiu em profunda depressão durante mais de trinta anos”. A Primeira Guerra Mundial
(1914-1918) e a quebra da Bolsa de Nova York (1929) só intensificaram e aceleraram
o processo de desagregação econômica da Amazônia, fazendo-a regredir, em muitos
casos, a uma economia de subsistência extrativista de baixa produtividade.
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