1000 anos antes de Cristo
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FILME 10000 ANOS ANTES DE CRISTO
Dentre as muitas mensagens que o filme transmitiu, destaco a força do amor, a liderança, a religiosidade. Trata-se da saga de D´lei que saí a procura da amada Evolet, não é difícil crer, o amor nos coloca em movimento, nos faz caminhar. O jovem D’leh (?) é um respeitado caçador de mamutes que deixa sua tribo, desbrava caminhos e desafia os deuses para encontrar sua amada.
No desenrolar da história, o jovem enfrenta caminhos marcados pela novidade e pelo perigo, tigres dentes de sabre, caminhos pedregosos e com atalhos são vencidos pela força do amor. Amor que parece desligado do que compreendiam como deuses os estrangeiros, mas presente no deus Local (“a velha”) que no final da história dá a vida para que Evolet reaviva, e encontre sua vida ao encontrar os lábios de seu amado. É o único beijo do filme, mas encerra sentido especial, pois, mostra que os caminhos percorridos, a novidade e os perigos enfrentados valem à pena quando o objetivo da busca é maior.
Ambientado 1000 mil anos antes de Cristo, o filme mostra como dado antropológico, a religiosidade própria do gênero humano. Não se pode pensar o humano sem esse dado, até os que se dizem ateus possuem crenças. No caso do filme as tribos acreditam em deuses, “pessoas” estranhas com vestimentas que ocultam a face, isso dá a cena uma característica carregada de mistério. Trata-se da força do simbólico presente no humano que anseia pela transcendência. Neste sentido, as religiões podem nos libertar proporcionar sentido, mas, também podem nos oprimir e exigir sacrifícios, como aconteceu em terras estrangeiras no embate entre ideologias. Os que eram mantidos na prisão submetiam-se a vontade do deus, cuja força descobriu-se no final do filme não consistia na imortalidade. Essa descoberta passou pelo rompimento do senso comum e a coragem de arriscar.
No que se refere à liderança, podemos perceber que em todo filme D’lei se mostra um líder eficiente. Na sua tribo, durante o caminho e no encontro com o diferente o jovem constrói círculos, mostrando que um bom líder é aquele que tem condições de coordenar, na família como pai – primeiro círculo, na tribo como extensão da paternidade, e em terras estrangeiras / e ou sociedade como círculo maior.
Embora o filme tenha apresentado a perspectiva dos círculos, sugiro como necessidade transcender os círculos, se nos fechamos em um deles caímos nos extremos, no egoísmo e no autoritarismo. É imprescindível não fazer círculos intrasponíveis, pois o líder precisa ter a mente aberta e o coração sensível para ouvir outros líderes, aqueles que possuem experiências diferenciadas e provindas de outros campos. Que possamos construir círculo, não na perspectiva Hequeliana – fechada e unívoca, mas na perspectiva dialógica marcadas pela alteridade.
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