Resumo de Enem 2012: textos nota 1000 têm erros como enchergar e trousse -

Ler e Escrever Corretamente é um Direito - e Não um Dever - que Tem Sido Negado ao BrasileiroO artigo “ ENEM 2012: textos nota 1000 têm erros como enchergar
e trousse” de Lauro Neto em O Globo apresenta a enganação e triste realidade brasileira da necessidade
de ter de tolerar erros ortográficos e gramaticais para se poder dizer que
temos estudantes capazes de tirar notas excelentes no ENEM.

Acredito que o conhecimento bem embasado da língua de um
país é mais que um dever do indivíduo ou uma forma de mostrar-se mais culto as
outras pessoas, ou seja, um elemento de pura vaidade. É um direito do cidadão.

A linguagem é o veículo que produz o entendimento entre as
partes comunicantes na maioria dos processos comunicativos, e muitos deles são
escritos; e a escrita é a ocasião onde as deficiências de conhecimento e uso da língua
portuguesa são melhor observadas.

Se esse veículo tem defeitos isso afetará todo um sistema
comunicativo, notadamente aqueles nos quais a pessoa precisa entender bem e se
fazer entender bem para ter um melhor desempenho social, na educação e na
formação de opinião e senso crítico.

A pessoa que não tem uma correta capacidade de compreender os
símbolos de comunicação de sua língua acaba por não entender as matérias
escolares e os assuntos que são discutidos por outras pessoas. Desta maneira, involuntariamente ,
perde seu direito de participar das questões de real importância política do
país e do como fazer para procurar desenvolver uma ideia segura sobre elas para
que possa ter algum domínio sobre seu próprio destino, ao menos demonstrando sua
escolha através do voto, ou se manifestando pela fala ou escrita quando houver
oportunidade para tal.

Meu próprio texto não pretende ser nenhum exemplo de
perfeição e correção da língua portuguesa, pois não sou uma especialista desta
área, sou da área científica. Sei que tenho erros graves. Porém, sinto, há
muito tempo, a necessidade de alertar sobre isso devido a experiências que tive
com alunos, como professora na área de Química. Citando alguns poucos casos,
tive alunos que erravam questões em provas por não saberem o significado da
palavra “respectivamente” e alunos de nível superior que escreviam a palavra “poriço”
em prova, a qual eu espero não ter de explicar o significado para ninguém.

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