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A GEOGRAFIA MODERNA - TENDENCIAS DA CIÊNCIA GEOGRÁFICA - ANOS 50
(Kaufmann; Félix / Nice Muller Lecoor)

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A ampliação do mundo conhecido permitiu uma
reorganização de conceitos e do estudo da Geografia no fim do século XVIII.

KANT – (1724-1804) – Todo conhecimento pode ser organizado
do ponto de vista: das ciências sistemáticas que estudam os fatos em grupos e
categorias segundo os objetos estudados - Física, Biologia, Antropologia; das ‘ciências
históricas’ que estudam os fatos em suas relações através do tempo; e o das
‘ciências geográficas’ pelas quais se estudam as coisas tal como estão
associados no espaço. Para ele a geografia física era um ‘sumário’ da natureza,
base da história e as outras geografias possíveis: a matemática, a moral, a
política, a mercantil e a teológica.

HUMBOLDT – (1769-1859) – fins do século XVIII apresentou
uma definição de Geografia num artigo “Florae Fribergensis Specimen” (1793)
distinguindo-a de outras ciências; colocou em prática um estudo sobre a
geografia das plantas. Essa concepção aparece em outros trabalhos, como nos
relatórios de viagens feitas à América do Sul e Central em parceria com o
botânico Bonpland; na última obra, inacabada, ‘O Kosmos’, traça uma filosofia
da natureza como base na geografia experimental que fundou e praticou. Ele
divide o mérito de ter consolidado e desenvolvido um programa de investigação
para a geografia juntamente com Ritter – primeiro professor universitário de
Geografia, na Universidade de Berlim.
Principais trabalhos de Carl Ritter: - ‘A Ciência da Terra em Relação à
Natureza e à História do Homem, ou Geografia Geral Comparada’ – 19 vol. (1822
-1859) e, Geografia da Europa, 2 vol. (1817). Desenvolveu a geografia humana, enquanto
Humboldt a geografia física de base experimental; eles contribuíram para a
geografia regional.

F. RATZEL (1844-1904) – zoólogo de formação adotou as
idéias evolucionistas de Darwin; recebeu influencia de Haeckel – fundador da
ecologia. Para ele o estudo da geografia humana era essencial para entender as
influências do meio sobre a formação e as idéias das sociedades - mostrar como
o meio forma os homens e modela a geografia. Viajou muito, leu e refletiu
muito, por isso não crê em explicações simples e gerais. Sua obra não traduz a
rigidez doutrinária ambientalista a que foi associado. Se interessou pelas
sociedades primitivas e através delas pode evidenciar as adaptações do homem ao
meio; desenvolveu a noção de ‘gênero de vida’. Em “Geografia Política” (1897)
deu destaque à Nação, povo, raça,
transformado esses temas em ponto central do estudo geográfico. Chegou a
formular idéias sobre o papel do espaço na difusão das raças (espaço vital)
rejeitadas posteriormente.

A escola alemã de geografia no início do século XX: - Alfred Hettener
(1859-1941) – tentou retomar a concepção kantiana de geografia; deu origem à
corrente corológica na filosofia da geografia. Fundou a revista Geographische
Zeitschrift (1895) onde publicou artigos sobre a metodológica da geografia.
Windelband e Rickert – filósofos alemães destacaram o estudo do objeto ou
fenômeno individual; classificaram os diferentes ramos da ciência, distinguindo:
as ciências ‘nomotéticas’ - que elaboram leis, e as ciências ‘idiográficas’
interessadas no único ou individual, que são a divisão entre ciências naturais
e ciências sociais. Richard Hartshorne considerava a verdadeira geografia, a
humana. Escreveu: “A Natureza da Geografia” (1939), “Questões sobre a Natureza
da Geografia (1959), onde mostrou que o determinismo não é necessário para a
unidade da geografia. Ela é mais ciência dos lugares do que das repartições e
das ligações espaciais; a geografia regional permanece como ramo privilegiado.

Escola francesa: VIDAL DE LA BLACHE – (1845 – 1918) – Historiador –
ocupou por mais de 30 anos uma cadeira de geografia criada na Universidade
francesa (1870); influenciou muitos alunos; fundou os Annales de Geographie;
suas obras foram publicadas por E. De Martonne. Realizou estudos de regiões da
França, descrevendo-as em monografias. Propôs o método histórico para a
geografia: estudar o estado presente da região levando em conta a repartição
dos fatos de relação entre o homem e a natureza em função de sua origem e
etapas de evolução. Para ele a geografia era uma ‘ciência dos lugares e não dos
homens’, revestida de uma dimensão unicamente empírica. Incentivava excursões
com alunos e, para familiarizá-los com o real, o uso de carta geográfica e elaboração
de croquis. Contemporâneos: Jean
Brunhes (1869-1930) – autor da Geografia Humana (1910); Albert Demangeon
(1872-1940) com a valorização dos recursos, evolução dos tipos de civilizações,
repartição da população, inventários das forças produtivas, etc.; Camille
Vallaux, Maximilian Sorre (o ecúmeno); Maurice Le Lannou (possibilismo) e Andre
Cholley.

Após a 2ª. Guerra: Pierre George (1950), de inspiração
marxista, dedicou-se à Geografia Humana desenvolvendo a Geografia Econômica e
Social, como elementos inseparáveis nas relações de causalidade em cada meio
geográfico das forças produtivas. Publicou “Geografia Ativa” (1960), e
‘Sociologia e Geografia’ (1967), discutindo conceitos de ‘espaço’; Paul Claval
(1968) que deu ênfase à macro geografia regional; Ives Lacoste (1976) ‘A
Geografia serve, de início, para fazer a Guerra’ – desenvolveu a idéia da
geografia como método de se ‘saber pensar o espaço’ para nele ‘saber se
organizar, para combater na defesa de interesse do espaço social’.

O enfoque
teórico-metodológico da moderna geografia tem três vertentes: analítico –
detalhar o meio e a forma de ocupação do espaço; dialético – a partir de 1970
com forte influencia marxista (A Justiça
Social e a Cidade); e, o fenomenológico ou fenomenologia existencial que
procura dar um significado a estrutura da existência humana pela experiência e
aspirações. A filosofia defendida pelos geógrafos humanistas é melhor entendida
como uma forma de crítica. (Reconstruções Metodológicas do processo de
investigação Social – Oliveira Filho – 1976)



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