Auto da Barca do Inferno- Joanne O Parvo
(Gil Vicente)
Joanne, O Parvo Neste resumo em esquema irei apresentar o episódio de Joanne, o Parvo do livro "Auto da Barca do Inferno", de Gil Vicente. Símbolos caracterizadores: Não apresenta nenhum símbolo caracterizador. Argumentos de acusação: Não apresenta nenhum argumento de acusação pois não é acusado de cometer nenhum pecado Argumentos de defesa: Utilizados pelo Anjo : " porque em todos os teus fazeres por malícia não erraste: tua simpreza te abaste pera gozar dos prazeres." Tipos de cómico: Cómico de linguagem - "Ò Inferno?... Eramá...
Hiu! Hiu! Barca do cornudo,
Pêro Vinagre, beiçudo, rachador
d'Alverca, huhá! Sapateiro da Candosa!
Antrecosto de carrapato!
Hiu! Hiu! Caga no sapato,
filho da grande aleivosa!
Tua mulher é tinhosa
e há-de parir um sapo chantado no guardanapo!
Neto de cagarrinhosa!
Furta cebolas! Hiu! Hiu!
Excomungado nas igrejas!
Burrela, cornudo sejas!
Toma o pão que te caiu!
A mulher que te fugiu per'a Ilha da Madeira!
Cornudo atá mangueira, toma o
pão que te caiu! Hiu! Hiu! Lanço-te üa pulha!
Dê-dê! Pica nàquela!
Hiu! Hiu! Caga na vela!
Hio, cabeça de grulha!
Perna de cigarra velha,
caganita de coelha,
pelourinho da Pampulha!
Mija n'agulha, mija n'agulha!" Cómico de situação : " De pulo, ou de voo"
Minha opinião- No meu ponto de vista, e não sou o único, Gil Vicente criou a personagem O Parvo para poder criticar as outras classes sociais sem que a Inquisição o acuse de algo. Pois O Parvo à medida que a obra avança e entram as outras personagens ele critica-as pelas suas ações. É como se Joanne simbolizasse Gil Vicente dentro da obra, criada por Gil para satirizar as outras classes sociais, e ao mesmo tempo, fugir à Inquisição.
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