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A Fuga de Iemanjá
(A Umbanda como ela é)

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Iemanjá, a bela orixá das águas, era filha de Olokun, o
senhor dos oceanos, rei severo e poderoso. O instinto maternal de que era
dotada desde a infância era tão forte que fez dela mãe de dez filhos. Embora
casada, tinha grandes divergências com o marido que não partilhava de suas
ideias nem a considerava como esposa. Às vezes, pensava em deixá-lo, mas ele
era um homem muito importante e poderoso e não aceitaria jamais tal desonra. Iemanjá
também, como a mãe amorosa que era, pensava no bem-estar de seus filhos, não
podendo deixá-los desamparados se acaso a separação ocorresse.

Seu marido usava o poder com tirania, inclusive com sua
família, tornando a vida dela e dos filhos insuportável. Com o passar do tempo
ela já não aguentava mais se submeter aos caprichos de um homem que desprezava.
O ódio crescia a cada dia em que era afrontada pelos desmandos cometidos por
ele.

Depois de muito pensar, resolveu deixar a vergonha de
lado e procurar seu pai para
aconselhar-se sobre a atitude que deveria tomar. No fundo, já havia a decisão
da fuga, mas precisava de seu apoio, sem o qual não iria muito longe. Olokun
não a recriminou, conhecia a índole da filha querida e reconhecia que ela, como
soberana que era, não poderia aceitar o jugo de ninguém. Comovido pelo seu
sofrimento, deu à filha uma cabaça com encantamentos antigos, preparados por
ele mesmo e recomendou que ela usasse quando estivesse em perigo no decorrer de
sua fuga.

Iemanjá, sentindo-se firme em seu propósito, colocou
seu plano em prática, fugindo com todos os seus filhos.

Quando ela já estava bem longe de sua aldeia, percebeu
que estava sendo perseguida pelo exército de seu marido. Pensou em
enfrentá-los, mas eram muitos e seria uma luta desleal. Iemanjá odeia os
confrontos, pela destruição que causam, já que é um orixá propagador de vida.

Ao se sentir acuada, resolveu abrir a cabaça e pedir
socorro ao seu pai. Do seu interior escoou um líquido escuro, que, ao tocar o
chão, imediatamente formou um rio, que corria em direção ao oceano.

Iemanjá e seus filhos atiraram-se nessas águas e encontraram
um caminho para a liberdade e a certeza de que jamais seriam cativos de ninguém
novamente.



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