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O Acre existe especialmente na Amazônia
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Um Estado pequeno, mas de espírito forte. Sua maior força é expressa em dois fatos principais: a guerra territorial com a Bolívia e o líder seringueiro Chico Mendes, com sua luta ambiental. O Acre deu um exemplo na Amazônia ao trabalhar para reverter a política de derrubada de florestas e pecuária, valorizando os moradores da floresta e criando reservas extrativistas, lutando pela preservação de um dos maiores tesouros brasileiros, a floresta amazônica.
No Sul e Sudeste do país, poucas pessoas conhecem o Acre e o que ele tem a oferecer. Rio Branco sua capital, apesar de ter crescido e desenvolvido muito nos últimos tempos, sofrendo com engarrafamentos, ainda possui um ar de cidade de interior. E é uma cidade agradável, principalmente por ter o Rio Acre passando bem no centro, alimentando a simpatia com as águas.
Na capital, se encontra muito da culinária amazônica, açaí, cupuaçú, bacuri, carne de jacaré, pirarucú, tapioca, mingau de banana, uma variedade de frutas e temperos que podem ser bem exóticos para quem não os conhece. Assim é o caso do Tacacá, muito apreciado nos fins de tarde, uma mistura do molho do tucupí, folha de jambú (que adormece a boca), goma de tapioca e camarão, servido quente. Outro destaque é a farinha de mandioca (macaxeira, na região) de Cruzeiro do Sul, considerada com justiça, umas das melhores do Brasil.
Em Rio Branco um dos melhores passeios é a “Gameleira”, calçadão a beira do rio, com árvore do mesmo nome e ótimo para tirar fotos, comer e passear. Melhor ainda se tiver um dia de tempo bom, pois o por-do-sol será recompensador. Atravessando a ponte, do outro lado tem o “Novo Mercado Velho”, reformado, com lojas para comprar produtos amazônicos e artesanatos. Não espere um grande mercado como o Ver-o-peso de Belém, é bem menor e muito mais simples. Já bem perto dali estão localizados o Palácio do Governo, alguns museus e a Catedral de Rio Branco. E completando as melhores atrações da capital, está o Canal da maternidade, uma espécie de parque aberto, entrecortado pelas ruas da cidade, bom para caminhar, correr, ou praticar esportes em suas quadras e também na pista de skate.
Para passeios próximos de Rio Branco, existem duas boas opções. Uma é seguindo pela BR 317 que vai em direção a Xapuri, o Parque Chico Mendes. Por lá se encontra um pouquinho da mata, viveiro com animais silvestres, incluindo a temida onça pintada, informações sobre as lendas da amazônia e sobre o líder seringueiro que dá nome ao local. O outro é o Quixadá, antigo seringal transformado em set de filmagem para a minissérie da GLOBO “Amazônia”, e que hoje virou centro de visitação com informações históricas e também sobre a própria atração televisiva. O almoço por lá é excelente, mas somente com reserva antecipada.
Já que o Acre é um Estado pequeno em termos de extensão territorial, vale a pena dar uma esticada até Xapuri. Na pequena cidade, há a própria casa do líder dos povos da floresta , Chico Mendes, que se mantém como era em sua época,incluindo as marcas dos tiros de seu assassinato, uma casa-museu. Entre diversas pousadas há o destaque para a Pousada Ecológica Seringal Cachoeira, dando uma ótima ambientação para o clima de floresta. Apesar de uma estrutura ainda pouco desenvolvida para o turismo, Xapuri pode lhe oferecer uma primeira ambientação com a mata.
Seguindo mais em frente alguns quilômetros, está um dos limites do Brasil: Brasiléia. Esta cidade faz fronteira com a Bolívia, sendo Cobija sua cidade vizinha. Virou notícia nacional recentemente pelo grande contingente de imigrantes haitianos e senegaleses que vêm recebendo nos últimos anos. É costume dos acreanos ir até lá para fazer compras, já que cruzando a fronteira (a pé ou de carro, com o RG) tudo é mais barato. Apesar de dominada por brasileiros, Cobija dá uma pequena amostra da cultura boliviana e os “patrícios” aproveitam para vender de tudo, sem precisar nem trocar dinheiro, pode pagar em real mesmo. Para os apreciadores de cerveja, a Paseña, cerveja local é de altíssima qualidade.
Ainda em Cobija pode-se comprar pacotes de viagem para Bolívia ou Peru, interessante opção para quem tem como destino Machu Pichu. Os preços são sempre mais baratos por lá, então é uma boa porta de saída para planejar uma viagem para dois estes países, ou até mesmo Chile e outros. Uma importante conexão que se bem planejada pode lhe economizar muitos gastos.
O Acre tem muito mais a oferecer, com muitos povos indígenas, reservas extrativistas, fazendas com geoglifos inexplicáveis e belas regiões pouco exploradas. Quem busca uma experiência mais profunda para conhecer os mistérios que habitam as magníficas florestas, procuram as comunidades que fazem o ritual do Santo Daime e os aplicadores de “kambô”, vacina do sapo, que são forças da cultura acreana, herdada da sabedoria indígena. Mesmo sem ir pra dentro da floresta, ao conversar com os acreanos, irá ouvir muitas histórias de onça, de sucuri gigante, cabolinho da mata, assombração e coisas estranhas, o mistério sempre cerca as florestas.
O Acre é hospitaleiro, amoroso e orgulhoso de sua trajetória e espera ansiosamente para que o Brasil o conheça melhor.



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