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Marina, Dilma, a castanheira e o cimento - parte 2
(sier)

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Mesmo que não saiba, ou não queira, Marina é uma feminista orgânica, enfrentando a sociedade e os machos que tentam lhe impor limites – passando pelo próprio Lula. Dilma é uma criatura bem mais cordata com seu Pigmalião.Como escrevi neste outro texto, O Sorriso de Marina, ela tem um quê tropicalista. Não se parece com Gilberto Gil, seu colega negro de ministério, e depois de Partido Verde – mas sua vida poderia ser uma letra escrita por ele. Ou, como postou meu amigo Xico Sá no feice, “Sou mais Dilma por questão de classe, mas dou valor à biografia, à luta, à honestidade de Marina da Silva. E fazer a boa política é nunca pensar em desconstruí-la; precisamos dela, é decência, amor, honestidade, importância, que mulher phoda, boniteza da floresta”.Num belo texto, onde explica no que Os Silvas são diferentes entre si, a jornalista Eliane Brum escreve que Marina representa não o proletariado brigando pelo acesso ao consumo, mas o não-pobre, o não-emergente, o não-ostentatório.No meu trecho predileto, ela conta: “Em 2011, quando se começava a implantar o canteiro de Belo Monte (…) o chefe de uma das famílias que seriam obrigadas a deixar a terra onde viviam (…) abraçou uma castanheira e desandou a chorar. Tentava me explicar por que ele não podia ser – sem ser ali. Ou a impossibilidade de habitar um mundo sem aquela árvore específica. De repente, o choro estancou e sua voz se encheu de raiva: ‘Fico revoltado quando Dilma diz que somos pobres. Por que ela pensa que somos pobres? De onde ela tira isso? Essa é a maior mentira’”.Numa outra frente, que não a da desqualificação do adversário, o PT saiu correndo em busca das interlocuções do governo Lula que a gestão Dilma havia perdido. A principal provavelmente foi a escalação do ex-ministro e sucessor de Gil, Juca Ferreira, para coordenar (a um mês do fim da votação) o programa de governo na área cultural. É uma guinada notável. No começo do mandato, Dilma havia inventado uma ministra, Ana de Hollanda, que se aliou ao ECAD e atrasou em várias décadas as formulações do governo federal sobre cultura, tecnologia, autoria etc, jogando a discussão para meados do século passado.Agora Ana de Hollanda reagiu à indicação de Juca com uma nota indignada, acusando-o de belicoso e de ter “pouca relação ou conhecimento da complexa realidade do mundo da cultura” (definição que cabe melhor na própria Ana). Ou seja, mesmo quando acerta, o PT o faz tarde demais, porrazões suspeitas e expondo suas próprias contradições.É por isso que a entrada de Marina em cena fez girar o triângulo estético (e ético) da disputa presidencial. Antes era a mulher Dilma contra dois caras fisicamente parecidos, os bochechas-rosadas-e-cabelinhos-com-gel Aécio e Eduardo Campos (mesmo que de perfis bem diferentes, respectivamente um playboy e um family man). Levava vantagem.A parda Marina faz Dilma (que “tomou um banho de cimento”, nas palavras de um amigo meu) se igualar a Aécio: os crentes no marketing fetichista, os “produtos” da publicidade sagrada, os sacerdotes de um deus ausente.e agora quem voce vai votar, vamos fazer a diferença. na minha opinião nem cimeto e castanha é aecio neves que pode fazer a diferença. e voce que decide o futuro do brasil



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