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O Batismo De Fogo !
(BARACHO)

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Em abril de 1955, Baracho foi destacado, pela primeira vez, para o povoado de Santa Rita no município de Curvelo-MG. Local em que ficou destacado juntamente com um cabo e um soldado: Era o seu batismo de fogo no serviço policial!
No início, tinha medo, contudo, aos poucos, foi pegando experiência e adquirindo coragem.
Era preciso uma prova de fogo para temperá-lo e ela veio na pessoa de Chiquito, um vaqueiro da fazenda Domingos, perto da vila; Chiquito era valentão e tinha por costume ir ao povoado, entrar a cavalo dentro das vendas, atirar em garrafas e outras badernas.
Numa tarde, chegando Baracho numa venda, foi contido por uma moça, que lhe pediu para não entrar naquele estabelecimento em razão do vaqueiro referido estar lá. Baracho não atendeu, simplesmente, porque não podia mostrar-se covarde, mas, foi à venda com receio, por os seus colegas não estarem na vila, naquele momento.
Chegando à venda, notou um homem alto junto ao balcão, ao lado dele estava um barril deitado no piso e cheio de querosene, tão logo entrou na venda, que estava vazia com a exceção aludida, Chiquito virou-se e disse:
-Menino! Veja... estou com um corte sangrento na mão, venha e lave-o, depressa!
Procurando ganhar tempo para conseguir ajuda, Baracho passou a convidar Chiquito para irem ao Rio das Velhas, ali perto, lavar a mão ferida. Agressivamente, Chiquito limpou a mão ensangüentada na túnica de Baracho que, num reflexo de defesa, pegou-lhe a mão e o empurrou, tendo ele caído, ficando com o traseiro preso entre o barril cheio de querosene e a parede.
Sabedor da periculosidade de Chiquito, Baracho começou a dar-lhe chutes de coturnos nos joelhos até ser contido pelo seu Domingos, patrão de Chiquito, que adentrara ao local e pedira ao Baracho para ajudá-lo a levantar o seu capataz que, mesmo assim, caia ao chão em razão dos chutes recebidos. Com esforço, ele foi colocado num cavalo e rumou a fazenda onde trabalhava.
Era voz geral de que quando ele retornasse haveria troca de tiros com Baracho ou com toda a força policial local.
Dias depois, o cabo mandou Baracho ir a cavalo fazer uma intimação no distrito de Capão Redondo, com passagem obrigatória pela fazenda de seu Domingos.
Baracho foi sozinho passando pela fazenda sem fazer barulho, um pouco adiante, foi cercado por Chiquito que, igualmente a cavalo, perguntou:
-É verdade que você vai intimar Manuel? Ao receber a resposta afirmativa, retrucou: ele é muito perigoso e anda armado dizendo que não respeitará policiais, você fica aqui! Que eu vou buscá-lo e o trarei com a arma dele para você e... Partiu a galope.
Baracho optou por esperar debaixo de uma árvore já que nada tinha a perder.
Momentos depois, Chiquito chegou com o indivíduo que deveria ser só intimado e na mão tinha um revólver marca Eibar de calibre 38, municiado, o qual entregou a Baracho, indo com Baracho e Manuel até a presença do cabo do destacamento.
Quando Chiquito iniciou o retorno à fazenda, Baracho lhe perguntou por que assim procedera, recebendo a resposta:
Um macho que conseguiu me colocar de cama por três dias não poderia morrer na mão de qualquer perrengue como o meu vizinho Manuel! Partindo, em seguida, a galope para nunca mais ser visto por Baracho.



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