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Império De Papel ? Os Bastidores De O Cruzeiro
(Accioly Neto)

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Arte e jornalismo unidos na revista O Cruzeiro

Testemunha dos maiores acontecimentos na vida social, política e econômica do país, O Cruzeiro circulou nas mãos de pelo menos 4 milhões de pessoas. Verdadeira vitrine brasileira em lugares que só ela chegava. Accioly Neto por muitos anos diretor de redação, relata os acontecimentos da revista O Cruzeiro, no livro Império de Papel - bastidores de O Cruzeiro. Com toques de reportagem e relatando fatos históricos, aborda a história daquela que foi a principal revista ilustrada brasileira. Lançada no final dos anos 20, a revista foi durante cinco décadas principal fonte de leitura e informação da população. Tendo inclusive nos anos 50 sido editada em espanhol atingindo toda a América Latina. Seu lançamento inusitado, com chuva de papéis picados jogados do alto dos edifícios onde se lia "Compre amanhã, O Cruzeiro, em todas as bancas, a revista contemporânea dos arranha-céus". A primeira edição esgotou em poucas horas. O grande baile realizado na Rua do Livramento escondendo a aparente morte da revista. Acontecimentos detalhados por Accioly Neto.
A década de 40 e o início de 50 foram considerados o apogeu da publicação. Coincidindo com a intensificação da expansão industrial brasileira. A sede definitiva da revista se localizava em um enorme edifício na Rua do Livramento arquitetado por Oscar Niemeyer. O Cruzeiro era uma das publicações dos Diários Associados, parte do império de Comunicação de Assis Chateubriand.
Grandes figuras passaram pela redação da revista. Com destaque para João Martins. O primeiro repórter fotográfico do Brasil. É dele a autoria da história sobre as duas polegadas a mais da candidata à Miss Universo Marta Rocha. Eduardo Keffel, nascido na Alemanha, fotógrafo ilustre, fez inúmeras parcerias com João Martins. Um descanso antes de voltar à redação resultou na matéria sobre o disco voador que sobrevoou a Pedra da Gávea e a praia da Barra. A edição com o relato dos repórteres esgotou em menos de 2 horas. E ainda serviu de fonte de investigação da Nasa e o FBI. Se foi uma farsa ou não, fica o mistério. Afinal Ed Keffel era perito em truques fotográficos.
O Cruzeiro contribuiu também para elevar a ordem dos repórteres. Antes considerados boêmios de segunda classe eram discriminados nos círculos sociais. O que não acontecia com os redatores. Considerados grandes intelectuais e homens elegantes. Essa mudança foi uma verdadeira revolução no jornalismo brasileiro da época. Considerados estrelas, ganhavam bem e eram admirandos por seus leitores. Suas reportagens envolviam o leitor. David Nasser foi um dos responsáveis por essa mudança. Considerado o maior repórter brasileiro, parceiro de Jean Manzon. Fizeram uma dupla perfeita. Geralmente detinham as primeiras páginas da revista. Outra repórter memorável foi Mário de Moraes. Produziu uma reportagem com Luiz Carlos Prestes, comunista fugitivo da polícia. Publicada em um encarte especial por causa da censura.
Além dos grandes nomes dos repórteres mencionados. Os ilustradores também não podem ser esquecidos. Um dos sucessos do Cruzeiro, "O amigo-da-onça" foi criado por um dos cartunistas fixos da revista, Péricles. Inspirado em uma publicação argentina. O amigo-da-onça fez enorme sucesso, lembrado até hoje. Millôr Fernandes e Ziraldo também fizeram parte do quadro de cartunistas. Di Cavalcanti, Anita Malfatti e outros grandes nomes artísticos colaboraram eventualmente com a revista.
A revista influenciou na época o rádio e a televisão que não raro divulgavam comentários ou críticas publicadas na revista. Com um público diversificado, a revista se tornou eclética. Tratava dos mais variados assuntos. Desde receitas e assuntos femininos, até grandes reportagens com apuro jornalístico. Venceu barreiras em uma época que o índice de analfabetismo era alto. Com seus 30 anos a revista não deixava a desejar em nada com relação as grandes publicações internacionais como Life, Look, Vogue, Cosmopolitan, entre outras.



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