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António José Da Silva
(Manuel Augusto Dias)

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Sacerdote, professor e político foi uma figura de grande destaque, nos meios eclesiásticos conimbricenses. Nasceu na vila de Ansião (Portugal), no dia 17 de Janeiro de 1836. Muito novo ainda rumou para Coimbra, onde fez os preparatórios no Liceu da cidade, de que mais tarde se tornará professor. Depois, frequentou, com distinção, as aulas superiores do Seminário Diocesano, sendo ordenado Presbítero, no dia 18 de Junho de 1859, com 23 anos de idade. Em virtude das suas extraordinárias capacidades, que o Bispo-Conde (Bispo da Diocese de Coimbra e Conde de Arganil), D. Manuel Correia de Bastos Pina, soube reconhecer, ficou ligado ao Seminário de Coimbra desde que lá entrou até á sua morte. Primeiro como estudante, depois de 1859, como Prefeito e Secretário, a partir de 1865, como Professor, e, depois de 1871, como seu Vice-Reitor. Dois anos após a ordenação, mais precisamente no dia 20 de Novembro de 1861, iniciou, oficialmente uma das funções que melhor o caracterizou, a de professor, com a concessão do título de capacidade para ensinar particularmente Português, Latinidade, Francês, Filosofia Racional, Moral e Princípios de Direito Natural, Oratória, História e Geografia.Como Cónego e Arcediago da Sé de Coimbra chegou a desempenhar as funções de Director do Cabido Conimbricense, dirigindo o Bispado na ausência do Bispo-Conde. Foi, também, durante alguns anos, Ministro Venerável da Ordem Terceira de Coimbra.Como escritor era dono de um estilo didáctico, preciso e correcto, que sem ser demasiado pretensioso, tinha as qualidades do seu carácter: era franco e enérgico. Em 5 de Janeiro de 1883, fundou, em Coimbra, a revista quinzenal Instituições Christãs - que aliava a religião à ciência e à literatura (é considerada uma das mais notáveis revistas do género que se publicaram em Portugal) - e de que António José da Silva foi Director e um dos principais redactores. Publicou-se até 20 de Dezembro de 1889. Nos 20 volumes existentes encontram-se bastantes escritos doutrinais, apologéticos, críticos e até polémicos do seu Director. Mas o escrito mais polémico, diremos mesmo de combate, de António José da Silva é, sem dúvida, o que publicou em 1885, em defesa de uma determinação do Bispo-Conde. Intitulou-se Isenção da Real Capella da Universidade - Resposta ao Livro com o mesmo título do Vice-Reitor da Universidade. Fundou, em 1893, o Boletim Diocesano de que foi Director até à sua morte.Em termos políticos, a influência que o Conselheiro Silva exercia nos distritos de Coimbra e de Leiria, e, nalguns momentos, até a nível nacional, era enorme. À sua dimensão política não é alheia a profunda amizade que nutria pelo Conselheiro João Franco. Com ele fundou o Partido Regenerador Liberal de que foi um dos mais importantes dirigentes. João Franco quis nomeá-lo Par do Reino, não aceitou; quis nomeá-lo Bispo de uma Sé vacante, voltou a rejeitar; e só com a influência dos amigos e do Bispo-Conde aceitou a Carta de Conselho com que aquele estadista lhe fez mercê. Por decreto de 15 de Junho de 1881 foi-lhe concedida, também, a Comenda de Nosso Senhor Jesus Cristo. Faleceu em Coimbra, no princípio de Maio de 1905, aos 69 anos de idade.



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