Iracema
(José Martiniano de Alencar)
IRACEMA Publicado no Brasil em 1865, 15 anos após a extinção do tráfico negreiro; pelo então político e escritor José Martiniano de Alencar, no Rio de Janeiro. Uma estória envolvente e pitoresca; que tem como cenário os recônditos interioranos de um dos estados do nordeste do Brasil. Com maestria peculiar o autor provoca no leitor, involuntariamente, uma reflexão interior e certo prazer inefáveis. Quando escreveu o livro imaginou-o como um filho da sua alma e no prólogo da primeira edição, cita: ?estou certo que o filho de minha alma achará na terra de seu pai, a intimidade e conchego da família.? se referindo à sua terra natal e aos seus conterrâneos como família. Iracema retrata também um Ceará (que segundo a tradição significa na língua indígena o canto da jandaia) desnudo; expõe mesclando à estória, a flora e a fauna com tal riqueza de detalhes, que só mesmo um filho da terra o faria, transportando-nos no tempo, permitindo um tour pelo interior do litoral cearense de então, numa companhia invisível aos personagens e com sua consagrada imaginação, nos faz ver e conhecer o mundo indígena de então e tudo à sua volta, contemporaneamente aos primeiros contatos dos indígenas com os colonizadores, bem como os conflitos e contrastes resultantes desses contatos. Conta o romance entre uma índia e um colonizador; com todas as tramas e conseqüências inerentes a uma paixão ardente e arrebatadora. A índia Iracema (que significa: em guarani, Ira-mel Tembe-lábios); Tembe na composição altera-se em ceme, como na palavra cemeiba; denominada apropriadamente, a virgem dos lábios de mel. Nativa da região litorânea do Ceará, é linda e perfeita na sua concepção. Martim um jovem guerreiro branco, entra em cena de forma dramática, atingido por uma flecha atirada por Iracema, que gesto contínuo se lança na direção da flecha e as mesmas mãos que atiraram, rapidamente reparam o estrago causado no guerreiro. Valendo-se dos seus conhecimentos curativos, conseguiu com a mesma rapidez, estancar o sangue que gotejava, pegando então a flecha quebrou-a e deu a haste ao guerreiro ferido e guardou consigo a ponta farpada; num gesto imbuído da tradicional mistura ódio, paixão e amor. Começando assim o romance.
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