Iracema - 1prt
(anabordin)
No primeiro capitulo, o narrador se dirige aos "verdes mares bravios da minha terra natal, onde canta a jandaia nas frondes da carnaúba". No segundo capitulo o autor inicia: além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna e mais longos que seu talhe de palmeira. Iracema certo dia, apenas saíra do banho, ouviu um estranho rumor: então foi rápida como, como o olhar, o gesto de Iracema. A flecha embebida no arco partiu e gotas de sangue borbulhavam na face do desconhecido; arrependida, porém Iracema faz amizade com aquele guerreiro branco e o leva até a cabana de seu pai, o velho Araquém, onde é bem recebido. Entre Iracema e Martim nasce uma grande afeição. Martim fala a Araquém que era o único entre os que ficaram na terra desconhecida e que fizera amizade com Poti, irmão de Jacaúna. Irapuã o maior chefe da nação tabajara, estava preparando os guerreiros para conduzi-los contra o inimigo pitiguara. Martim quer partir, mas Iracema lhe diz que deve esperar a chegada de seu irmão Caubi, que conhece bem aquelas paragens e poderia servi-lhe de guia. Martim apaixona-se também por Iracema. Irapuã que matar Martim. Iracema intervém dizendo que o estrangeiro era hóspede do pajé e quem, mas um obstáculo intervia pois Iracema era filha do pajé e guardava o segredo da jurema e quem possuísse a de Tupã morreria. Na cabana de Araquém, Iracema dá a Martim o "vinho de Tupã", Martim adormece...Quando a manhã surgiu, Iracema ainda se encontrará abraçada ao guerreiro branco. No dia seguinte Martim parte, acompanham-no Caubi e Iracema. Os tabajaras ofendidos por Ter Martim levado a virgem de Tupã, os perseguem. Iracema revela a Martim que ela se tornara sua esposa, quando ele havia dormido na cabana de Araquém sob os efeitos do "vinho de Tupã". Do outro lado os pitiguaras se aproximavam à procura de Martim. Embora Martim pense em evitar o encontro dos tabajaras e dos pitiguaras conduzidos por Jacaúna e Poti varriam a floresta. Fugindo, os tabajaras arrebataram seu chefe ao ódio da filha de Araquém que o podia abater com a Jandaia abate o prócero coqueiro roendo-lhe o cerne. Os olhos de Iracema estendidos pela floresta, viram o chão juncado de cadáveres de seus irmãos; e longe o bando dos guerreiros tabajaras que fugia em nuvem negra de pó. Aquele sangue que enrubescia a terra era o mesmo brioso que lhe ardia nas faces de vergonha. O pranto orvalhou seu lindo semblante. Três sóis havia que Martim e Iracema estavam nas terras dos pitiguaras, senhores das margens do Camoçim e Acaracu. Os estrangeiros (Martim e Iracema) tinham sua rede na vasta cabana de Jacaúna. O valente chefe guardou para si o prazer de hospedar o guerreiro branco, mas Iracema estava tomada de profunda tristeza por estar morando no meio dos inimigos do seu povo; então Martim e Iracema se afastam dali e, viajando na direção do mar, constróem perto da praia uma habitação, vizinha a um grande rio. Quatro luas haviam iluminado o céu depois que Iracema deixara os campos do Ipu; e três depois que ela habitava nas praias do mar de seu esposo. Iracema era feliz. Martim e Poti entregavam-se à caça; a virgem separava-se dele então, para sentir ainda mais ardente o desejo de vê-lo. A lagoa próxima era chamada pelos índios "Porangaba", ou lagoa da beleza, pois nela se banhava Iracema, a mais bela filha da raça de Tupã. Iracema anunciou que esperava um filho, então Martim ajoelhou ali e cingindo-a com os braços, beijou o seio fecundo da esposa; Martim que vivia irmanado com os pitiguaras, pintou seu corpo como faziam aqueles índios. E tomou o nome de Coatiabo, sugerido por Iracema. Poti deu ao seu irmão o arco e o tacape, que são as armas nobre do guerreiro, Iracemahavia tecido para ele o cocar e araçoia, ornatos dos chefes ilustres. A filha de Araquém foi buscar à cabana as iguarias do festim e os vinhos de jenipapo e mandioca. Os guerreiros beberam copiosamente trançaram as danças alegres. A felicidade durou por vários meses na cabana de Iracema e Martim. Viram umas asas brancas, que adejavam pelos campos azuis. Conheceu o cristão que era uma grande igara de muitas velas, como construíam seus irmãos; e a saudade da pátria apertou-lhe o seio. Chega um índio pitiguara trazendo a notícia: os pitiguaras estavam em perigo, o branco tapuia e os tabajaras havia-se aliado para atacá-los. Poti e Martim partem para guerra; Iracema fica sozinha. Depois de muitos dias, porém, Poti e Martim voltaram vitoriosos. Novamente a felicidade reina na cabana de Iracema. Mas não dura muito, por que a tristeza tomou conta de Iracema; Martim tinha o pensamento voltado para a terra de seus pais. Quando o teu filho deixar o seio de Iracema ? diz a esposa ? ela morrerá, como o abati depois que deu seu fruto, então o guerreiro branco não terá mais quem o prenda na terra estrangeira. Novamente os guerreiros brancos (franceses), aliados agora aos ferozes tupinambás, se aproximam para invadir as praias dos pitiguaras. Martim e Poti partem uma vez para a guerra. Saem vitoriosos os pitiguaras.
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