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Auto Da Barca Do Inferno - 1prt
(anabordin)

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O primeiro a embarcar é um Fidalgo, que
chega acompanhado de um Pajem, que leva a calda da roupa do Fidalgo e
também uma cadeira, para seu encosto.
O Diabo mal viu o Fidalgo e já lhe falou para entrar em sua barca, pois
ele iria levar mais almas e mostrar que era bom navegante. Antes disso,
o companheiro do Diabo, começou a preparar a barca para que as almas
dos que viessem, pudessem entrar.
Quando tudo estava pronto, o Fidalgo dirigiu a palavra ao Diabo,
perguntando para onde aquela barca iria. O Diabo respondeu que iria
para o Inferno, então o Fidalgo resolveu ser sarcástico e falou que as
roupas do Diabo pareciam de uma mulher e que sua barca era horrível. O
Diabo não gostou da provocação e disse que aquela barca com certeza era
ideal para ele, devido a sua impertinência. O Fidalgo espantado, diz ao
Diabo que tem quem reze por ele, mas acaba recebendo a notícia de que
seu pai também havia embarcado rumo ao Inferno.
O Fidalgo tenta achar outra barca, que não siga ao Inferno, então
resolve dirigir-se a barca do céu. Ele resolve perguntar ao Anjo, aonde
sua barca iria e se ele poderia embarcar nela, mas é impedido de
entrar, devido a sua tirania, pois o Anjo disse que aquela barca era
muito pequena para ele, não teria espaço para o seu mau caráter.
O Diabo começa a fazer propaganda de sua barca, dizendo que ela era a
ideal, a melhor. Assim, O Fidalgo desconsolado, resolve embarcar na
barca para o Inferno. Mas antes, o Fidalgo queria tornar a ver sua
amada, pois ele disse que ela se mataria por ele, mas o Diabo falou que
a mulher na qual ele tanto ama, estava apenas enganando- o, que tudo
que ela lhe escrevia era mentira. E assim, o Diabo insistia cada vez
mais para que o Fidalgo esquecesse sua mulher e que embarcasse logo,
pois ainda viria mais gente.
O Diabo manda o Pajem, que estava junto com o Fidalgo, ir embora, pois
ainda não era sua hora. Logo a seguir, veio um agiota que questionou ao
Diabo, para onde ele iria conduzir aquela barca. O Diabo querendo
conduzi-lo a sua barca, perguntou por que ele tinha demorado tanto, e o
Agiota afirmou que havia sido devido ao dinheiro que ele queria ganhar,
mas que foi por causa dele que ele havia morrido e que não sobrou nem
um pouco para pagar ao barqueiro.
O Agiota não quis entrar na barca do Diabo, então resolveu dirigir-se à
barca do céu. Chegando até a barca divina, ele pergunta ao Anjo se ele
poderia embarcar, mas o Anjo afirmou que por ele, o Agiota não entraria
em sua barca, por ter roubado muito e por ser ganancioso. Então, negada
a sua entrada na barca divina, o Agiota acaba entrando na barca do
Inferno.
Mais uma alma se aproximou, desta vez era um Parvo, um homem tolo que
perguntou se aquela barca era a barca dos tolos. O Diabo afirmou que
era a barca dos tolos e que ele deveria entrar, mas o Parvo ficou
reclamando que morreu na hora errada e o Diabo perguntou do que ele
havia morrido, e o Parvo sendo muito sutil respondeu que havia sido de
caganeira.
O Parvo ao saber aonde aquela barca iria, começou a insultar o Diabo e
foi tentar embarcar na barca divina. O Anjo falou que se ele quisesse,
poderia entrar, pois ele não havia feito nada de mal em sua vida, mas
disse para esperar para ver se tinha mais alguém que merecia entrar na
barca divina.
Vem um sapateiro com seu avental, carregando algumas fôrmas e chegando
ao batel do inferno, chama o Diabo. Ele fica espantado com a maneira na
qual o sapateiro vem carregado, cheio de pecados e de suas fôrmas.
O sapateiro tenta enrolar oDiabo, dizendo que alí ele não entraria pois
ele sempre se confessava, mas o Diabo joga toda a verdade na sua cara e
o manda entrar logo em sua barca. O sapateiro tenta lhe dizer todas as
feitorias que havia feito, na tentativa de conseguir entrar no batel do
céu, mas o Anjo lhe diz que a "carga" que ele trazia não entraria em
sua barca e que o batel do Inferno era perfeito para ele. Vendo que nào
conseguiu o que queria, o sapateiro se dirigeà barca do Inferno e
ordena que ela saia logo.
Chegou um Frade, junto de uma moça, carregando em uma mão um pequeno
escudo e uma espada, na outra mão, um capacete debaixo do capuz.
Começou a cantarolar uma música e a dançar.
Ele falou ao Diabo que era da corte, mas o próprio perguntou-lhe como
ele sabia dançar o Tordião, já que era da corte. O Diabo perguntou se a
moça que ele trazia era dele e se no convento não censurvam tal tipo de
coisa. O Frade por sua vez diz que todo no convento são tão pecadores
como ele e aproveitou para perguntar para onde aquela barca iria. Ao
saber para onde iria, ficou inconformado e tenta entender porque ele
teria que ir ao Inferno e não ao céu, já que era um frade. O Diabo lhe
responde que foi devido ao seu comportamento durante a vida, por ter
tido várias mulheres e por ter sido muito aventureiro. Assim, o Frade
desafia o Diabo, mas este não faznada e apenas observa o que o Frade
faz.
O Frade resolve puxar a moça para irem ao batel do Céu, mas lá se
encontram com o Parvo, que pergunta se ele havia roubado aquela espada
que ele carregava. O Frade completamente arrasado, finalmente se
convence que seu destino é o inferno, pois até mesmo o Parvo zombou de
sua vida e de seus pecados. Dirigiu-se a barca do Inferno, resolve
embarcar junto com a moça que o acompanhava.
Assim que o Frade embarcou, veio a alcoviteira Brísia Vaz, chamando o
Diabo, para saber em qual barca ela haveria de entrar. O companheiro do
Diabo lhe disse que ela não entraria na barca sem Joana de Valdês.
Ela foi relatando o que estava trazendo para a barca e afirmava que
iria para o Paraíso, mas o Diabo dizia que sua barca era o seu lugar,
que ela teria que ficar alí.
Brísida vai implorar de joelhos ao Anjo, que esse a deixe entrar em sua
barca, pois ela não queria arder no fogo do inferno, dizendo que tinha
o mesmo mérito de um apóstulo para entrar em sua barca. O Anjo, já sem
paciência, mandou-lhe que fosse embora e que não lhe importunasse mais.

Triste por não poder ir para o Paraíso, Brísida vai caminhando em
direção ao batel do Inferno e resolve entrar, já que era o único lugar
para onde ela poderia ir.



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