| Conheça Mais Sobre O Autor  Tomáz Antônio Gonzaga
 (Tomáz Antônio Gonzaga)
 
 
 Conheça mais sobre o Autor (a) : Tomáz Antônio Gonzaga 
 Advogado e poeta luso-brasileiro nascido na cidade do
 Porto, um dos maiores poetas do arcadismo brasileiro e autor do
 primeiro livro publicado no Brasil: Marília de Dirceu (1812), na
 realidade o terceiro volume da série, impresso nas oficinas da Imprensa
 Régia de D. João VI, no Rio de Janeiro. Filho de um português com uma
 brasileira, nasceu em Portugal mas passou a infância na Bahia, onde
 estudou em um colégio jesuíta. Retornou a Portugal para estudar direito
 na Universidade de Coimbra. Formou-se em direito em Coimbra (1768) e
 logo após formar-se, escreveu o Tratado de Direito Natural, de forte
 caráter iluminista. Foi juiz em Beja antes de se mudar com a família
 para o Brasil (1782) como ouvidor e procurador dos defuntos e ausentes
 em Vila Rica, hoje Ouro Preto. Na colônia fez amizade com os poetas
 arcadistas mineiros, que tinham como mestre Cláudio Manuel da Costa.
 Seu pendor para a sátira realizou-se nos poemas
 satíricos em forma de cartas, Cartas chilenas (1788-1789), poema
 epistolar em decassílabos brancos, ou sem rimas, em que satirizava o
 governador de Minas Gerais, Luís da Cunha Meneses, seu adversário
 político, retratado na obra como um governador de província chilena
 chamado Falastrão Minésio. Conheceu e enamorou-se de uma jovem da
 sociedade local, Maria Dorotéia Joaquina de Seixas, vinte anos mais
 moça, de quem ficou noivo e a quem chamou Marília e dedicou seus versos
 sob o nome poético de Dirceu, origem do livro Marília de Dirceu.
 Nesse período vinha aumentando na província mineira o
 descontentamento popular, por questão da cobrança de impostos, que iria
 se transformar numa conspiração contra a metrópole. Nomeado
 desembargador da relação da Bahia, antes de assumir o novo cargo foi
 acusado de participar do movimento conspiratório da Inconfidência
 Mineira, organizado por Tiradentes, devido suas ligações com o grupo de
 poetas árcades mineiros e também em virtude de desentendimentos com o
 governador Cunha Menezes, cujos desmandos foram por ele satirizados em
 versos no Cartas Chilenas.
 Foi preso (1789) e mandado para a ilha das Cobras, no
 Rio de Janeiro, onde passou o período da devassa. Na cadeia completou
 uma série de poemas líricos, as liras, dedicados à sua amada Maria
 Dorotéia. Estes poemas foram reunidos nos três volumes chamados de
 Marília de Dirceu. Em seguida (1792) foi condenado ao degredo de dez
 anos de degredo em Moçambique. Neste ano a primeira parte das liras de
 Marília de Dirceu foi publicada em Lisboa (1792) e uma segunda edição,
 com acréscimos, foi publicada sete anos depois (1799), enquanto a
 terceira parte só apareceu postumamente no Brasil. Adaptado à sociedade
 moçambicana, casou-se com Juliana Mascarenhas de Sousa, filha de um
 rico mercador, viveu da advocacia e de um emprego na alfândega,
 morrendo em Moçambique. O erotismo e o sentimento elegíaco, componentes
 de alguns dos versos dedicados à amada, levaram posteriormente a
 identificá-lo como um pré-romântico.
 
 
 
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