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Memórias De Um Sargento De Milícias - Parte 7
(Manuel Antônio de Almeida)

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VI ? Primeira noite fora de casa - Assim que deu por falta do afilhado, o compadre, todo aflito, pôs-se a procurar pela vizinhança, mas ninguém tinha notícias do menino. Lembrou-se então da via-sacra e pôs se a percorrer as ruas. Indagando, aflitoa, a todos que encontrava pela rua, o paradeiro do seu tesouro. Quando chegou ao Bom-Jesus, informaram-lhe terem visto três endiabrados que foram expulsos da igreja pelo . Essa era a única pista que tinha.
Retornou a sua casa e ao indagar novamente a vizinha, exasperou-se quando esta lhe respondeu que o menino tinha maus bofes e que a história não teria um bom final.
O pobre homem passou a noite em claro e decidiu, antes de pedir ajuda ao Vidigal, esperar mais um dia.
Enquanto o compadre dá esse prazo, o narrador conduz o leitor ao paradeiro do menino.
Junto com os emigrados de Portugal, veio também para o Brasil, a praga dos ciganos, gente ociosa e sem escrúpulos, tão velhacos que quem tivesse juízo não se me tia com eles em negócios; quanto a poesia de seus costumes e crenças, deixaram do outro lado do oceano, trazendo para cá, apenas os maus hábitos. Viviam quase na ociosidade, não tinham noite sem festa. Moravam ordinariamente nas ruas populares e viviam em plena liberdade.
Os dois meninos, com quem o pequeno fizera amizade, eram de uma família dessa gente e acostumados à vida à toa, conheciam toda a cidade, percorriam-na sós. Após se conhecerem na via-sacra, carregaram o pequeno para a casa dos pais. Pelo caminho o menino ainda teve escrúpulos de voltar mas decidiu seguir os dois e ir até onde iriam. Lá , como era de se esperar, havia uma festa para o santo de sua devoção.
Daí a pouco começou o fado e o menino, esquecido de tudo pelo prazer, assistiu a tudo enquanto pôde; mas ao chegar o sono, reuniu-se com os companheiros em um canto e adormeceram, embalados pela música e sapateado.
Acordou sobressaltado e pediu aos companheiros que o levasse para casa.
Quando o padrinho ia recomeçar a busca, esbarrou no afilhado e ao interrogá-lo, ele respondeu que como queria que ele fosse padre, tinha ido ver um oratório.
O padrinho, não resistiu à ingenuidade do afilhado e sorrindo levou-o para dentro.



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