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O Crime Do Padre Amaro
(Eça de Queirós)

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Escreva o seu resumo aqui.Romance anticlerical dos mais ferozes, decorre
em Leiria, onde o Padre Amaro Vieira, ingénuo e psicologicamente frágil, vai assumir a sua paróquia. Hospedando-se na casa da
S. Joaneira, acaba por se envolver sexualmente com sua
filha, Amélia. Amaro conhece, então, o cinismo dos seus
colegas, que em nada estranham sua relação com a jovem.
Grávida, Amélia acaba por morrer no parto e Amaro entrega a
criança a uma "tecedeira de anjos". Morta também a
criança, Amaro vai agora assumir o cinismo que lhe permitirá encarar todas as vicissitudes e prosseguir a sua
carreira. O romance, que critica violentamente a vida provinciana
e o comportamento do clero, foi, durante décadas, leitura
proibida em muitas escolas de Portugal. A intenção de Eça ao escrever o Crime do
Padre Amaro não era apenas a denúncia dos vícios do clero
mais devasso, mas também apresentar a vida mesquinha da cidade
provinciana. Assim, só Amaro e Amélia, as
personagens centrais, são criticadas pelo narrador. O Padre Amaro
Vieira, o  protagonista do romance, era filho de dois
criados do marquês de Alegros. Perde os pais ainda criança e é
educado no meio da criadagem da marquesa, o que faz com se torne
"enredador, muito mentiroso." A marquesa decide que se
ele tornaria padre, e assim, aos quinze anos, é mandado para o
seminário. É um fraco, tanto física quanto psicologicamente.
Aceita o sacerdócio passivamente. Por influência do conde de
Ribamar, obtém a paróquia de Leiria, hospedando-se na casa da
S. Joaneira. Lá conhece Amélia, filha de sua hospedeira, e ela
torna-se sua amante. O ambiente da casa da marquesa, onde fora
criado, e o seminário moldaram o caráter de Amaro. Já
sacerdote em Leiria, espanta-se, no início, com o cinismo
explícito dos seus colegas de batina, mas todas essas
situações, somadas ao ambiente de servilismo beato da casa onde
está hospedado, fazem com que ele se atole em actos pecaminosos, como entregar seu filho a uma "tecedeira de
anjos". No final do romance,
ele tornou-se idêntico aos seus "pares". Uma conversa entre Amaro
e o cônego Dias, mostra, de forma clara, como Amaro e os outros
eclesiásticos representam o clero sem vocação e hipócrita. Os
dois estão refletindo sobre os excessos da Comuna, afirmam que
seus seguidores merecem a masmorra e a forca porque não
respeitam o clero e "destroem no povo a veneração pelo
sacerdócio", caluniando a Igreja. Então, uma mulher
provocante passa diante deles e ambos trocam olhares cúmplices.
O cónego exclama: "- Hei, Padre Amaro?... Aquilo é que
você queria confessar" E Amaro responde: " - Já lá
vai o tempo, padre-mestre, já as não
confesso senão casadas!" Amélia Caminha, a
co-protagonista do romance, concentra, em sua figura, o resultado
trágico de uma formação num meio provinciano,
centrado em torno do poder eclesiástico. A sua casa é um
beatério, centro de convivência dos poderosos e amorais
sacerdotes da cidade, em que impera a superficialidade dos
rituais e campeia a deformação dos conceitos religiosos cristãos.
Nesta sociedade, a Igreja é parte activa do poder político, que
a utiliza nas suas manobras eleitoraleiras e lhe dá privilégios
sociais, prestígio e poder. Amélia vive, portanto, rodeada de
cónegos e padres. Aos 23 anos, alta, forte e "muito
desejada", possui um temperamento sentimental, romântico e
fortemente sensual. Órfã de pai, sua mãe é amante do cônego
Dias e ela é uma devota simplória e passiva, atraída pelo
ritual católico. Namora João Eduardo, escrevente de cartório.
Conhece, então, o Padre Amaro, pároco da Sé de Leiria,
hóspede na casa de sua mãe. Apaixona-se e entrega-se a ele com
total submissão. Fica grávida e esconde-se numa quinta próxima
à cidade, acompanhada de uma fanática beata, irmã do cónego
Dias. Recebe a visita do abade Ferrão, único sacerdote decente
do romance. Ele tenta recuperá-la para uma vida normal e digna e
quer tirá-la da influência nefasta de Amaro. No entanto,
Améliamorre de parto, grávida de Amaro.



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