Resumo de Blair Se Reúne Com Palestinos E Israelenses No Oriente Médio

Blair se reúne com palestinos e israelenses no Oriente Médio

Blair teve uma série de reuniões a portas fechadas com palestinos
O ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair se reuniu nesta terça-feira com líderes palestinos na Cisjordânia em sua primeira visita ao Oriente Médio como enviado especial do chamado Quarteto (formado por União Européia, Estados Unidos, ONU e Rússia) de mediadores de paz para a região.
Blair afirmou que a visita de dois dias representa uma chance para ouvir e aprender, e disse que há "um sentimento de possibilidade" na região.
O ex-primeiro-ministro se reuniu em Ramallah, na Cisjordânia, com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, e o novo primeiro-ministro, Salam Fayyad.
O negociador-chefe palestino, Saeb Erekat, disse que a reunião foi positiva, mas acrescentou que foi dito a Blair que ele não conseguirá muito progresso a não ser que a questão da ocupação israelense também seja discutida.
Depois de se reunir com os representantes palestinos, Blair seguiu para um encontro com o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert.
Limitações
Um dos objetivos do cargo de Blair como enviado especial do Quarteto é tentar fortalecer as instituições palestinas e prepará-las para a criação de um Estado palestino.
Segundo a correspondente da BBC em Jerusalém, Katya Adler, ainda há um grande desafio nos territórios palestinos porque o desemprego é alto, os padrões de vida são baixos e a corrupção é alta na região.
Na segunda-feira Blair, visitou a Jordânia antes de viajar para Jerusalém, onde se encontrou com a ministra do Exterior israelense, Tzipi Livni. Na manhã de terça-feira, ele se reuniu com o presidente israelense, Shimon Peres.
"A visita inicial é uma chance para ouvir, aprender e refletir. Haverá um tempo quando as muitas questões que são óbvias deverão ser respondidas, mas sinto que não é este o momento", disse Blair na manhã desta terça-feira.
Rivalidade
A missão de Blair é complicada devido à divisão dos palestinos - uma facção liderada pelo presidente Abbas, na Cisjordânia, e outra liderada pelo Hamas, na Faixa de Gaza.
O Quarteto quer que Blair continue com sua política de não negociar com o Hamas. Israel e Abbas também não querem que ele negocie com o grupo militante - que se recusa a reconhecer Israel ou renunciar à violência.
Mas um líder Hamas na Faixa de Gaza disse que isso seria um erro.
"Ele deve ser justo. Deve corrigir os erros que fez como primeiro-ministro da Grã-Bretanha. Estamos prontos para o diálogo com Blair e mesmo com o Quarteto. Tudo o que queremos é justiça para o povo palestino", disse Ismail Haniya, ex-premiê palestino.
O Hamas foi eleito para o governo pelo povo palestino em 2006 e depois formou um governo de união nacional, liderado por Haniya, com a facção Fatah de Mahmoud Abbas.
Abbas destituiu o governo liderado pelo Hamas depois que o movimento tomou a Faixa de Gaza em combates violentos em junho. O presidente palestino formou então seu próprio governo de emergência com base na Cisjordânia.
Desde então, Israel tem tomado providências para fortalecer Abbas, libertando cerca de 250 prisioneiros palestinos de prisões israelenses, liberando fundos palestinos que estavam bloqueados e estabelecendo reuniões regulares entre Olmert e Abbas.

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