Nanocontagem
(JR Borim)
Pé na Bunda Olhei para aquela girl e mostrei um sorriso - eu. Seis horas da tarde; o Sol era sunset e meu amor cintilava - eu. Cheguei perto, um olhar 51 de lado, meio que de esguio, só fitando a bela - eu. Resolvi na coragem perguntar: Onde vai a formosura do campo? Cara! Está me chamando de vaca? Você enlouqueceu? - bela do campo. Nada, minha doce neblina! - eu. Além de vaca, me chama de cegueta! - bela do campo. Armandão! - bela do campo. Jesus Amado, o Cara que ela convoca é gigante - eu. Ele pega no meu pescoço, me chuta; vou parar longe - eu. Onde me acertou? - eu. Na boca do estômago - Armandão. Volto e perto dela preparo: Um belo pé na bunda - eu. Ela cai de quatro - eu. Agora você parece uma vaca, falta só a cegueira - eu. Enfio os dedos nos olhos dela, trabalho feito - eu. O cara tenta me pegar de novo, dou-lhe um chute no saco e saio para apreciar o resto do dia - eu. Coisas do amor...
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