Nanocontagem
(JR Borim)
Menina dos olhos vermelhos
Ela não fuma de mansinho, ela traga a plenos pulmões - eu.
Vomita o álcool, transa os orifícios; faz do sexo uma grande aventura - eu.
Tempos atrás injetava um pozinho, ficava doidona; dançava nua nas festas da Holiday - casa de espetáculos punk-metal-gothic, toda suada e sedenta de prazer - eu.
Anos depois, uma forte gripe; um cansaço iminente -eu:
Uma magreza absurda e a falta de apetite - eu.
Febres constantes; o corpo embalado na escuridão e desejoso por cama - eu.
É a dor, a doença; a efêmera enfermidade - eu.
Ela passa dessa para outra galáxia, como uma estrela que perdeu o seu brilho - eu.
O que resta? - eu. Saudade...eu
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