Por Quem Os Sinos Dobram 
(Ernest Hemingway)
  
    Prémio Nobel da Literatura em 1954, Ernest Hemingway esteve em Espanha como jornalista durante a Guerra Civil Espanhola, que vem a ser a temática do romance ?Por Quem os sinos dobram?.   Numa Espanha em convulsões violentas e fortemente impregnada do ideal comunista, Robert Jordan é um jornalista americano  apaixonado pelo país, pelas touradas e pelo povo espanhol, designado Por um comando pro-república para dinamitar uma ponte com o intuito de tomar Segóvia.   De posse dos planos elaborados em Madrid, parte para as montanhas a fim de se juntar a um bando de guerrilha chefiado por uma cigana, Pilar,  que lhe lê a palma da mão ficando apreensiva com o que supostamente vê naqueles traços.   A partir de então, a cigana trata Robert com todo carinho, ao ponto de lhe ?oferecer? a jovem Maria,  resgatada ao fascismo depois de, após o assassínio dos pais,  ter sido submetida às maiores barbaridades, incluindo o terem-lhe rapado completamente a cabeça.   Os dois vivem um amor intenso, cheio de pureza e Maria foi desde logo uma espécie de dádiva que a cigana entregou a Robert para que ele vivesse, então,  todo o passado, o presente e o futuro, tal como ela  vivera com o seu toureiro, o homem  antes de Pablo o marido presente que,  tendo sido outrora  um guerrilheiro valente,  apresentava agora sinais de uma profunda decadência. Sobretudo por se ter tornado num bêbado e num cobarde  mas que, ainda assim,  nunca acreditou no sucesso do plano. Ao ponto de furtar os detonadores destinados à explosão e desertar...   O enredo do livro decorre em quatro dias, enquanto Robert e os camaradas fazem os preparativos para fazerem explodir a ponte e assim abrirem caminho para a libertação da cidade.   Entretanto, todos as pessoas do bando, sobretudo Pilar, vão  evocando episódios sangrentos da toda a guerra,  misturados com a glória de Espanha, sobretudo ligada às touradas pelas quais o povo espanhol é profundamente aficcionado.    Por seu lado Robert, a quem todos chamavam carinhosamente o ?Inglês?, reflecte muitas vezes Sobre a família e principalmente sobre o seu avô,  por quem sempre teve uma enorme admiração, bem como sobre o pai que entretanto se suicidara,  minado por uma angústia existencial profunda e a quem ele,  longe, numas montanhas em Espanha,  carregado de granadas e metralhadores,  pode, enfim, entender e perdoar-lhe  a ?cobardia?.   Um forte nevão no mês de Maio, num desses dias,  veio a adiar a operação denunciando o esconderijo. E apesar de Pablo, arrependido, ter regressado, com o perdão de todos,  para ajudar na detonação, as coisas não correram da melhor maneira...   Um romance onde o autor faz uma profunda reflexão sobre a vida, sobre a morte,  sobre o amor, sobre a coragem, sobre a cobardia e sobretudo sobre a solidariedade humana, levada à sua expressão mais sublime em qualquer guerra, seja qual  for o lado  das trincheiras em que cada um se coloque por amor à causa em que acredite: sobretudo se for uma guerra que, pelo caminho, deixe milhares de mortos,  anónimos ou não, por quem os sinos, para um povo católico como o espanhol, haverão  sempre de  dobrar...   ?Por quem os sinos dobram?  é uma verdadeira Guernica da literatura mundial...  
 
  
 
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