Diário
(Chuck Palahniuk)
Peter e a sua mulher Misty Marie Wilmot são dois falhados sem o menor respeito pelos outros ou por eles próprios. Peter está em coma devido a uma overdose de comprimidos para dormir e a cada dia que passa Misty descobre novas histórias sobre ele. Culpando-o de todas as frustrações do seu casamento decide, para se vingar, escrever o diário do coma para mantê-lo actualizado caso ele saia do coma. no diário descreve detalhadamente todos os pormenores horrorosos e nojentos decorrentes da sua condição física e conta também que quando o visita no hospital se diverte a espetar-lhe um alfinete no corpo inerte só parando quando o alfinete atinge o osso ou passa para o outro lado da carne. Uma prova de que ainda o ama, caso contrário não se daria ao trabalho de torturá-lo. Entretanto Misty começa a receber queixas estranhas e desconcertantes dos donos das casas em cuja reforma Peter trabalhara antes de ficar em coma: simplesmente alguma das divisões da casa desaparecia inexplicavelmente. Descobriu-se então que em todas elas Peter escrevera mensagens desagradáveis nas paredes ocultas e misteriosamente as casas acabam por pegar fogo. No início Misty não dá qualquer importância à situação, mas acaba por desconfiar de que alguém conspira contra ela. Surgem então mensagens escritas nos livros da biblioteca que parecem ter sido deixadas por ela e a sua sogra passa a ter um comportamento suspeito. Parece, de repente, haver uma verdade sinistra que só ela desconhece mas que, com certeza, tem a ver com Peter.
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