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Escolas Inovadoras: Experiência Bem Sucedida Em Escolas Pública.
(ABRAMOVAY, Miriam (Coord.))

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O estudo Escolas inovadoras: experiências bem-sucedidas em escolas publicassem como objetivo divulgar as experiências que vêm sendo desenvolvidas em escolas públicas das regiões metropolitanas de 14 unidades da Federação, que têm prevenido e enfrentado situações de violências nas escolas com repercussões na qualidade da educação.A escola pública é marcada por uma série de dificuldades, ancoradas, principalmente, nas precárias condições educacionais. Sua luta é contra os processos sociais excludentes, na aposta e na crença incondicional nos seus jovens alunos. De acordo com Gadotti e Romão (2000, p. 43), o termo violência é provido de múltiplos sentidos e significados, acolhendo diferentes situações que fazem menção a realidades distintas e heterogêneas. A UNESCO investe na realização de uma série de pesquisas sobre as percepções e práticas dos múltiplos integrantes da vida escolar (alunos, professores, diretores, quadros administrativos, pais e moradores do entorno).A literatura destaca os seguintes fatores: o nível de escolaridade dos estudantes (Flannery, 1997; Fuch et al., 1996), o sistema de normas e regras, a disciplina dos projetos políticos pedagógicos (Haydem, 2001; Blaya, 2001; Ramogino et ai., 1997), a quebra dos pactos de convivência interna, o desrespeito de professores com alunos e vice-versa, a má qualidade do ensino, a carência de recursos (Sposito, 1998; Feldman, 1998; Blaya, 2001).Deal e Kennedy (1982) sugerem que as grandes transformações sociais, econômicas e políticas que marcaram as sociedades no final da segunda guerra mundial geraram uma incerteza grande a respeito dos valores, abalando a confiança no comprometimento das pessoas, sendo necessário enfatizar modelos e construir processos que, de um lado, possibilitassem maior integração e, de outro, fossem capazes de fazer confluir interesses e mecanismos de diálogo. No caso de Heller, pode-se sugerir que a idéia de inovação se localiza menos na oposição entre o novo e o velho e mais na atualização e/ou criação de mecanismos de recuperação dos processos de integração social. Algumas pesquisas, como as de Lüdke e Mediano (1992), mostram que, para além da reprodução das estruturas de poder, existe também uma ausência da cultura popular nas práticas pedagógicas e curriculares. Assim, o debate sobre a escola pública assume grande importância, pois se espera que seja capaz de lidar não só com a diversidade , desigualdade e que possa contribuir para a construção de uma escola mais igualitária. Alguns estudos (Ortega e Del Rey, 2002) chamam a atenção para o fato de a educação, enquanto instância criadora e formadora de valores éticos, sociais e morais, ter se afastado dessa preocupação por uma valorização excessiva da liberdade individual, gerando um aumento considerável das tensões internas na escolaConforme afirmam Sousa e Corrêa, sendo o projeto pedagógico a identidade da escola, sua construção demanda um processo constante de partilha entre os vários segmentos que contribuem para o trabalho da instituição escolar (Sousa e Corrêa, 2002: 62). Tal perspectiva implica rever o papel e as funções do diretor, de forma que este atue no cotidiano, na condição de líder pedagógico, apoiando a definição de prioridades, avaliando programas e ações, organizando e participando de atividades de formação dos funcionários e valorizando os resultados alcançados pêlos alunos.Friedberg (1995) defende que as relações que são estabelecidas pelos indivíduos dentro de um mesmo sistema (organização) também apresentam desequilíbrios no nível das ações, das expectativas e dos anseios. Mesmo que esses processos não inviabilizem a ação, desestruturando a cooperação, podem intervir como elemento capaz de aumentar as tensões e as desigualdades.O que se observa no universo da escola são constantes alterações (rotatividade grande de professores, evasão escolar, abandono, transferência de alunos), que têm reflexos no comportamento e no processo de articulação dos envolvidos, afetando amaneira como os atores irão se posicionar diante dos outros, tornando a negociação um processo instável e permanente. Garcia, em 1989, chamava a atenção para a idéia de que, ao trazer para o Brasil experiências bem-sucedidas de modelos de aprendizado, avaliação de gestão e conteúdo curricular de outros países, muitos pesquisadores e profissionais da área acreditavam que estariam inovando e modernizando os processos educacionais e a própria funcionalidade da escola. Numa época como a que vivemos, quando as mais diversas formas de violência insistem em se tornar um imperativo do dia-a-dia, seria extrema­mente fácil sucumbir ao conformismo. É interessante perceber que essas escolas se mostram bastante organizadas, existindo uma construção compartilhada de regras, normas, pactos de convivência e de cuidado com o bem público. A discussão faz parte de uma estratégia educativa, onde se aprende por meio da vivência, da experimentação e do confronto pacífico.Tais experiências também sugerem uma proteção no campo das relações e atitudes, como o estabelecimento de acordos mediados pelo diálogo, espaços de sociabilidade, implementação de projetos que buscam a solidariedade e o sentimento de pertencimento à escola e mecanismos de valorização dos sujeitos que fazem seu cotidiano.Observa-se também que a consolidação de parcerias entre a escola e sua respectiva comunidade é um dos fatores mais eficazes para a diminuição do alto índice da violência verificada no ambiente escolar, parcerias essas viabilizadas através do fomento de projetos envolvendo tanto a comunidade escolar quanto a do seu entorno. Conclui que, os jovens modificam suas atitudes e comportamentos a partir de pequenos movimentos por parte dos adultos, sendo que a omissão do mundo adulto é por eles lida como desprezo. Como exercício que permite a inclusão, tal prática é inovadora e traz muita discussão porque abre a possibilidade dos indivíduos se sentirem mais próximos de suas próprias histórias.



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