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Iracema
(José de Alencar)

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Iracema - o romance de José de Alencar que retrata a miscigenação brasileira, é a história de amor entre Iracema (a índia) e Martim (o português), que se passa nas matas do Ceará no século XVII. Ela é a filha de Araquém, pajédos tabajaras, tribo que vive no interior daquela região. Martim é o estrangeiro amigo dos pitiguaras, que habitam o litoral e são inimigos dos tabajaras.
Iracema, a virgem dos lábios de mel, se apaixona por Martim, mas este amor é proíbido; Iracema é a guardiã do segredo da Jurema, e quando o amor entre eles é consumado, a jovem trai o segredo da jurema que é o símbolo da fertilidade de sua nação. Com o perigo iminente,eles fogem para a tribo dos pitiguaras,pois sabiam que os tabajaras não poderiam invadir o terreno do inimigo. Eles só conseguem entrar sem problemas na terra dos pitiguaras graças a Poti, que é um pitiguara e amigo de Martim.Dessa união, nasce Moacir, o filho da dor, que representa o primeiro brasileiro fruto da mistura entre indígenas e brancos. Ele foi o filho da dor, pois Iracema havia cometido um pecado mortal, ela havia traído o segredo da jurema, mas a sua redenção veio com a sua morte, dandoà luz ao seu filho, fruto do seu amor; todo o sofrimento e dor queela sofreu serviu como uma espécie de purgação, e ela pagou pelos os seus pecados. Veja estes trechos abaixo,do romance, quando Iracema dá à luz ao seu filho, Moacir:Descamba o sol. Japi saí do mato e corre para a porta da cabana. Iracema sentada com o filho no colo, banha- se nos raios do sol e sente o frio arrepiar- lhe o corpo. Vendo o animal, fiel mensageiro do esposo, a esperança reanima seu coração; quer erguer- se para ir ao encontro de seu guerreiro senhor, mas os membros débeis se recusam à sua vontade. Caiu desfalecida contra o esteio. Japi lambia- lhe a mão fria, e pulava travesso para fazer sorrir a criança, soltando uns doces latidos de prazer...
O terno esposo, em que o amor renascera com o júbilo paterno, a cercou de carícias que encheram sua alma de alegria, mas não a puderam tornar à vida: o estame de sua flor se rompera.
- enterra o corpo de tua esposa ao pé do coqueiro que tu amavas.Quando o vento do mar soprar nas folhas, Iracema pensará que é tua voz que fala entre seus cabelos.
Apartir desses fragmentos, podemos visualizar a genialidade e a beleza das palavras de José de Alencar. Este romance recebeu o subtítulo Lenda do Ceará, e no prólogo da primeira edição justifica: Abra então este livrinho, que lhe chega da corte imprevisto. Pecorra suas páginas para desenfastiar o espírito das cousas graves que o trazem ocupado (...) O livro é cearense. Foi imaginado aí, na limpidez desse céu cristalino azul, e depois vazado no coração cheio das recordações vivaces de uma imaginação virgem. Escrevi- o para ser lido lá, na varanda da casa rústica ou na fresca sombra do pomar, ao doce embalo da rede, entre os múrmuros do vento que crepita na areia, ou farfalha nas palmasdos coqueiros. Para lá, pois é o seu berço, envio- o.



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