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Dalí
(Gilles Néret)

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Através desta biografia, é possível certificar-se que o espanhol Salvador Dalí trata-se de um intelectual que perante a sua vida de pintor, publicou periodicamente alguns livros sobre si mesmo para que não houvesse dúvidas de sua veia criativa, inigualável, mais como memórias aonde tem profunda razão de existir os seus atos surrealistas além de poemas e estudos artísticos estético-arquitetônicos. Há algumas citações interessantes extraídas dos livros de Dalí, de forma que a narração ficou mais vivaz e verdadeira como se ouvíssemos Dalí a discursar.Salvador Dalí fez cenários, esculturas, fez móveis criativos e também foi co-autor do filme ?Um Cão Andaluz? e ?A Idade de Ouro? ambos com Buñuel do grupo surrealista, enfim Salvador Dalí procurava os meios disponíveis Da época moderna, do século XX, para conseguir expressar sua presença no mundo espanhol, o artista se mostra protegido por sua inteligência e a inteligência é o que é capaz de unir símbolos usados pelo povo atingido mas não rendido.Símbolos tais como as muletas que apareceram em diversos quadros de Salvador Dalí. A capa desta bela edição é um detalhe de 'O Sono' (1937), um ano após a Guerra Civil espanhola. As singelas muletas estão a segurar o rosto grande do soldado civil (o qual sempre estará disposto a ser um soldado em uma guerra, se for para defender o seu direito a uma moradia, esta moradia está protegida, ancorada por muletas, a muleta que Dalí mostra com certa constância em seus quadros é o apoio, mas também a arma que apontará esperançosamente o caminho seguro). O soldado que dorme não precisa dos olhos, a face é grande e verde como o exército que salvará ao menos o pano para cobrir-se em sonho e sono.O texto com 89 obras selecionadas do artista revela Salvador Dalí desde a mais tenra idade quando já era pintor (inclusive com fotos do jovem Dalí que em dezembro de 1936 foi capa da Time, com então 32 anos). A romântica história de Dalí que apaixona-se por Gala. A narração abrange desde a dificuldade da conquista com risadas nervosas de Dalí até que Gala tomasse uma atitude para arrancar-lhe da inibição; o pai rompe relações com o filho por Dalí ter unido-se a Gala, ex-mulher de Paul Eluard, seu amigo do grupo artistíco surrealista. O pai de Salvador Dalí o reprime por ter escolhido uma mulher que havia sido casada. Também a Escola de Belas-Artes de San Fernando em Madri, o expulsará duas vezes. Daí então Salvador Dalí opta pela completa liberdade estética de seus quadros. Para aquele que admira as telas de Salvador Dalí, na paisagem está a luta pela terra possuída, homens possuídos por forças que os modificam, os alteraram. Salvador Dalí apresenta a luta para que o reconhecimento da personalidade seja a fronteira visível entre os povos. Nas mãos artísticas de Dalí, a Espanha (quadro de 1938) é uma das obras na qual Salvador Dalí explora duas imagens simultâneamente, a Espanha é a nuance de uma mulher que se divide em pequenos povos, pequenas cabeças acinzentadas como sutis manifestações de individualidade.Salvador Dalí salva a paisagem, pois a paisagem natural tem significados, lembranças, faz parte da memória, aliás, sendo a única limitação da mesma: a paisagem limita e mistura-se aos espasmos da memória. Uma vez mais a Espanha será lembrada pelo que descortina, desta vez, não era a dançarina Carmem, ou o toureiro com o pano vermelho a atiçar e esconder-se do touro. E Salvador Dalí é a expressão catalã de Port-Lligat. O caminho seguro para a intempestividade do artista é a pequena cidade praieira também retratada nos seus quadros reproduzidos no livro de Taschen. A água, o mar calmo, o céu, aspectos cósmicos também são tratados por Salvador Dalí como símbolos pictóricos, limites que tem junto a si a vida, o microcosmo.Enquanto a arquitetura serve para dar amplidão a alguns dos quadros de Salvador Dalí, substituindo o canto da sala aonde estaria algum quadro para dar alguma luz ao amte pelo todo, que é a obra arquitetônica em sua grandeza social e diaônica desde os primórdios romanos. Não só Dalí estava fazendo história mas vive em um mundo dependente da mesma, é a Europa que suporta novos ídolos históricos, ainda que disfarçadamente como no caso de Dalí. A Europa lhe ensina que a História é crítica de si mesma, e também Dalí o é; sua capacidade original de representação da realidade está descrita como 'paranóico-crítico'.Salvador Dalí declara apaixonadamente ter sido Gala a inspiração para todos os seus quadros, e a vemos como uma linda personagem em uma grande proporção de seus quadros. O quadro, a arte era uma forma de mostrar o lado do casal que não estava revoltado, que não faria guerra, no quadro Gala está sempre quieta a olhar o pintor além da tela. Não há uma Gala igual a outra nos quadros de Dalí, mas trazer Gala à cena, é como se Gala subisse no palco para expressar em silêncio a sua aprovação a Dalí, um gênio da pintura que não estava restrito às formalidades, mas o sonho havia invadido suas telas, e este sonho tinha forma visíveis para o artista. Dalí assim divide o seu sonho de um mundo diferente protegido por uma mulher que sabe algo mais que palavras.
Dalí Salvador Dalí 1904-1989 - NERET, Gilles. 1996 Ed. Taschen (96pp.)



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