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Fidel Castro, Do Menino Ao Guerrilheiro
(Claudia Furiati)

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Fidel Alejandro Castro Ruz, terceiro dos sete filhos de Angel Castro e Lina Ruz, nasceu em Birán a 13/Agosto/1926. Aos 6 anos, Titín, parte para Santiago com a irmã Angelita e a professora Eufrasita. Com os irmãos Ramón e Raúl frequenta colégios jesuítas: La Salle, Dolores. Em 1942 o Belén, onde apesar de bom aluno em letras, destacar-se-ia desportivamente. Decorria a 2ª guerra mundial; em Cuba era presidente da república Ramón Grau e Fulgêncio Batista chefiava um executivo corrupto.
Em Setembro/1945 matricula-se na Universidade de Havana. Em 1947, com Juan Bosh, participa nos programas radiofónicos da CMQ de Eduardo Chibás, dirigente do PPC-O, paladino contra o governo. Elege-se delegado pela faculdade de Direito na F.E.U. Nos meios académicos abundam grupos de gangsters chefiados, entre outros, por Salabarria, Masferrer e Manolo Castro. Fidel faz amizade com Alfredo Guevara, Miguel Soto, Chino Esquível tornando-se líder activista incómodo na corrupta sociedade cubana. Seu prestigio extravasa Havana e a Câmara de Manzanillo confia-lhe o histórico sino de Demajagua após tê-lo negado ao governo. Este episódio obriga-o a afastar-se da capital, alistando-se numa malograda expedição para derrubar o dominicano Trujillo. Internacionalmente consegue apoio de Perón, para organizar o 1º Congresso Estudantil Latino-americano na Bolívia, que decorrerá simultaneamente com a IX Conferencia da OEA.
Durante estes eventos é assassinado em Bogotá, Jorge Gaitán candidato à presidência da república eclodindo um levantamento popular de repercussões nefastas: o ?Bogotazo?(1948).Regressa a Cuba em plena campanha eleitoral e Chibás era o candidato anticomunista mais proeminente. Fidel torna-se delegado do PPC-O pelo Oriente mas não agrada aos altos dirigentes do partido.
Casa-se com Mirta Diáz-Balart em 11/Setembro/1948. O primeiro filho, Fidel Diáz-Balart, nasce em Outubro/1949.Em Setembro/1950 doutora-se em Leis e licencia-se em Direitos Administrativo e Diplomático, abrindo um escritório de advocacia em sociedade com dois colegas.
Entretanto Chibás elege-se senador mas, não conseguindo provas da denuncia de roubo praticado pelo ministro Sánchez Arango, suicida-se em pleno programa radiofónico ?Hora?. Em 1952, o ?Alerta? publica uma série de artigos de Fidel acusando o presidente Carlos Prio de corrupção e desvio de fundos. Prio é incapaz de as refutar e Fulgêncio Batista toma o poder pela segunda vez, substituindo a Constituição de 1940 por estatutos que lhe concedem plenos poderes. Com ?o golpe do sun-sun? o poder troca de mãos, mas os desmandos continuarão.
Fidel decide-se pela revolução armada. Reúne um grupo de amigos (Jesús Montané, Helba Hernández, Abel e Haydée Santamaria), edita dois boletins clandestinos ?Son los mismos?e?El Acusador?: pseudónimo Alejandro. Com Mário Muñoz monta duas emissoras-pirata. Reúnem-se em casa de Natty Revuelta decidindo formar um grupo para tomar a fortaleza de Moncada.26/Julho/1953, após lerem o ?Manifesto do Moncada?, de Gómez Garcia, saem da granja Siboney 130 homens em 19 veículos. A tentativa fracassa: 5 feridos, 90 mortos, entre eles Abel Santamaria, barbaramente torturado. Fidel é aprisionado pelo tenente Sarría, que o reconhece impedindo que seja assassinado e é encarcerado em Vivac. Indiciado da causa 37, o julgamento inicia-se a 21/Setembro/1953. Em auto-defesa elogia o presidente do tribunal, acusa Batista e não pede a absolvição, declarando: ?A História absolver-me-á?.
Sentenciado a 15 anos de reclusão, cumprirá pena na Ilha dos Pinos, onde ingressa com o número 3859. Sairá , amnistiado, a 15/Março/1955. A 18/Junho divorcia-se de Mirta.Em ambiente de pressão política e alvo de perseguições, organiza o M-26 e exila-se no México onde chega a 7/Julho/1955. Conhece Che Guevara, Hilda Gadea (?Os meus anos com o Che?, Hilda Gadea) e Alberto Bayo, pedindo a este que treine um grupo para derrubar Batista.Em Cuba, Pedro Miret, Frank País e Celia Sánchez, que virá a ser sua esposa, preparam o futuro desembarque dos revolucionários, conseguindo cartas náuticas com a ajuda de um marinheiro português.
No México, Fidel e alguns elementos do grupo são presos (?Che Guevara, como se constrói uma lenda?, Martin Ebon). Libertados, aceleram os preparativos para a invasão. A 25/Novembro/1956, 82 homens embarcam no Granma, um velho iate para 25 pessoas, que acaba por encalhar praticamente sem combustível, a 2Km de Las Coloradas a 2/Dezembro, provocando um desembarque desordenado onde algum material é perdido.
Em Santiago, Frank País organiza acções de agitação popular tentando desviar a atenção do exército. Marinha e força aérea dão caça aos invasores, que dispersos, tentam alcançar Sierra Maestra. Em Alegria de Pio (5/Dezembro/1956) dá-se o primeiro combate desfavorável aos guerrilheiros, a sorte inverter-se-á a 17/Janeiro/57 quando tomam o aquartelamento de La Plata.A 17/Fevereiro/1957, Herbert Matthews do New York Times vai à Sierra entrevistar Fidel. A 24/Fevereiro publica um artigo dando aos guerrilheiros projecção internacional e popularidade nos E.U.A.; Eisenhower é presidente e Nixon vice. Os êxitos da guerrilha, já dominando o leste do Turquino, preocupam outros grupos activistas que assinam, com o beneplácito do governo norte-americano, o ?Pacto de Miami?, visando apoio financeiro do ex-presidente Prio Socarrás em troca de futura concessão do poder, o que irrita profundamente Fidel. Deste pacto resultará a abertura de uma frente de guerrilha no Escambry, por Faure Chamón.
Em Maio/1958 desencadeia-se uma ofensiva: 10.000 soldados vão tentar exterminar 280 guerrilheiros, mas serão estrondosamente derrotados pelos rebeldes que empreendem uma ?cavalgada? vitoriosa que culminará com a tomada de Santiago de Cuba em 31/Dezembro/1958.

Os norte-americanos detinham na ilha investimentos superiores a US$1.000.000.000: 40% da produção açucareira, 50% das reservas minerais e caminhos de ferro, 90% dos serviços públicos. Os bancos norte-americanos controlavam o grosso das finanças e a máfia americana geria o turismo...



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