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Programa Nuclear Norte-coreano
(Trad. por Christiano Lopes)

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História: A Coréia do Norte mantém minas de urânio com uma estimativa de quatro milhões de toneladas de minério de urânio explorável de alta qualidade. Não há informação do estado e qualidade destas minas, mas estima-se que o minério contém aproximadamente 0.8% de urânio extraível. Em meados de 1960, ela estabeleceu um complexo de pesquisa de energia atômica de larga escala em Yongbyon e treinou especialistas que haviam estudado na URSS. Em meados de 1970, concentrou os estudos no ciclo do combustível nuclear incluindo refino, conversão e fabricação. Em 1974, especialistas coreanos modernizaram o reator de pesquisa soviético IRT-2M , elevando sua capacidade para 8 megawatts e mudando para combustível enriquecido a 80%. Posteriormente, o grau de enriquecimento de combustível foi reduzido. O programa de armas nucleares norte-coreanas data dos idos de 1980. Nos anos 1980, concentrando-se nos usos práticos da energia nuclear e na finalização de um sistema de desenvolvimento de armas nucleares, a Coréia do Norte começou a operar instalações para a fabricação e conversão de urânio. Em 1985. autoridades americanas anunciaram pela primeira vez que tinham dados da inteligência provando que um reator nuclear secreto estava sendo construído a 90 km de Pyongyang próximo à pequena cidade de Yongbyon. A intalação de Yongbyon já era conhecida há oito anos por relatos da IAEA. Em 1985, sob presão internacional, Pyongyang passou a fazer parte do Acordo de Não Proliferação de Armas Nucleares (NPT). Em julho de 1990 o jornal Washington Post informou que novas fotografias de satélite mostravam a presença de uma estrutura em Yongbyon, que possivelmente poderia ser usada para separar plutônio. Em uma iniciativa maior em julho de 1988, o presidente sul-coreano Roh Tae Woo convocou novos esforços para promover intercâmbio entre o Norte e o Sul, reunificação familiar, comércio inter-coreano, e contato em fóruns internacionais. Em setembro de 1990, aconteceu em Seul o primeiro de oito encontros entre os primeiros-ministros norte e sul-coreanos, iniciando um períodofrutífero de diálogo. As conversações resultaram em dois acordos importantes: O Acordo de Reconciliação, Não-agressão, Câmbio, e Cooperação (o "acordo básico") e a Decalaração de Desnuclearização da Península Coreana (a "decalaração conjunta"), que os dois paísesassinaram em 1991. A falta de progresso na implementação do acordo despertou ações de ambas as partes que levaram a Coréia do Norte, em 12 de março de 1993, a anunciar sua retirada do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (NPT). O Conselho de Segurança da ONU em 11 de maio de 1993 passou uma resolução instando a Coréia do Norte a cooperar com a Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA) e a implementar o acordo de 1991. Ele também recomendava que os estados-membros encorajassem a CORÉIA DO NORTE a respoder positivamente a esta resolução e a facilitar a solução. Os EUA responderam suspendendo as conversações políticas com a Coréia do Norte no início de junho de 1993 o que levou a uma declaração conjunta delineando os princípios básicos para um diálogo contínuo entre EUA-Coréia do Norte e o "adiamento" de sua decisão de retirda da NPT. Após o descarregamento de combustível de seu reator nuclear de cinco megawatts e a consequente pressão por sanções da ONU, a visita do então presidente Carter a Pyongyang em junho de 1994 ajudou a neutralizar as tensões e resultou no reinício das conversações. Uma terceira rodada de conversações entre EUA e CORÉIA DO NORTE iniciou-se em Genebra em 8 de julho de 1994. Entretanto, a súbita morte do líder norte-coreano Kim Il Sung em 8 de julho de 1994 suspendeu os planos para uma primeira reunião de cúpula levando a um novo período de animosidade inter-coreana. Em 22 de abril de 1997, o porta-voz do Departamento de Defesa dos EUA Keith Bacon proclamou oficialmente: "Quando o acordo nuclear entre EUA-Coréia do Norte foi assinado em Genebra em 1994, as autoridades da inteligência já acreditavam que a Coréia do Norte tinha produzido plutônio bastante para pelo menos uma arma nuclear". Esta foi a primeira vez que os EUA confirmaram a posse de plutônio por parte da Coréia do Norte. Em outubro de 2002, oficiais norte-coreanos reconheceram a existência de um programa clandestino de enriquecimento de urânio que violava o Agreed Framework e outros acordos. Em uma mesa-redonda com os EUA e China em Beijing em 24 de abril de 2003, autoridades norte-coreanas admitiram pela primeira vez ter armas nucleares. Além disto, autoridades norte-coreanas declararam ter reutilizado varetas de combustível nuclear e ameaçaram iniciar a exportação de materiais nucleares a menos que os EUA concordassem em conversações unilaterais com a Coréia do Norte. As tensões entre os EUA e a Coréia do Norte cresceram desde que, no início de outubro de 2002, o Secretário Assistente de Estado James Kelly informou às autoridades norte-coreanas que os EUA estão cientes de que a Coréia do Norte tinham um programa de enriquecimento de urânio para uso em armas nucleares. Inicialmente a Coréia do Norte negou o fato, mas mais tarde confirmou a veracidade da declaração norte-americana. Ao confirmar que tinham um programa de armas nucleares em atividade eles também declararam a anulação do Agreed Framework. Anteriormente ao estabelecimento deste, fontes da inteligência acreditavam que a Coréia do Norte pudesse ter extraído plutônio de seus reatores para uso em armas nucleares; talvez o bastante para uma ou duas armas nucleares. Apesar disto, ainda é incerto se a Coréia do Norte tinha realmente produzido armas nucleares devido às dificuldades de se desenvolver dispositivos de detonação.



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