A Mulher De Trinta Anos (la Femme De Trente Ans)
(BALZAC)
A elaborada entre Eugénia Grandet e o Pai Goriot, Mulher de trinta anos (1834) é uma obra à génese complexa.
Compôr originalmente de seis retratos-episódio de uma mesma heroína apresentada sob nomes diferentes - « seis quadros dos quais compõe-se mesmo História » dirá Balzac - a presente edição inclui o título de um destas notícias originais e vestígio esta vez o percurso único de uma mulher confrontada ao destino que reserva-lhe a condição feminina desta época.
Fazer obra ao mesmo tempo de sociólogo, fisiologista e moraliste, Balzac estende lá algumas das etapas chave da vida marquise de Aiglemont que não chega a conciliar os seus papéis de mulher do mundo, esposa e mãe com as aspirações do seu coração.
a lógica balzacienne é então implacável: o desejo de uma paixão absoluta e perfeita combinado um casamento deceptivo efectua irresistivelmente ao adultèrio, que uma vida mondaine impede levar a efeito realmente.
a mulher como concebe-o Balzac é necessariamente vítima os seus próprios desejo, quer o adultèrio e no entanto obriga-se a respeitar, devido à sua fila, as leis da sociedade que fazem nascer nela dos sentimentos em total contradição com os deveres que impõem.
para além dos seus retratos psicológicos, Balzac propõe-nos um verdadeiro doxologie da condição feminina do início do xixe, considerar de um destino de mulher do seu tempo, que não é sem estar a fazer pensar, pelos seus temas, as suas descrições e a sua intensidade dramática, à futura Senhora Bovary de Flaubert.
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