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Ética e Cidadania
(Maria José Camecelha)

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A participação do cidadão na vida política exige ao Estado e à sociedade civil
uma dupla responsabilização, uma clareza continuada na forma como as
diversas acções vão sendo conduzidas.
Não basta anunciar 'globalização' ou 'incerteza' e esperar que, de imediato,
um qualquer cidadão se sinta minimamente identificado com um discurso.
Para que a política seja a ética do colectivo, torna-se importante repensar as
opções tomadas individualmente.
Um dos aspectos que se encontra obviamente nas leituras do quotidiano é a
questão ética ligada à biologia e à saúde. Como exemplo, o artigo de Janine
Chanteur 'La génetique: Espoirs, craintes et paradoxes' coloca, logo no início,
a seguinte questão: 'A l'aube de XXIe siècle, nous nous trouvons confrontés
aux sciences et aux techniques nouvelles que nous abons conçus (…) / La
génétique est au coeur du débat (…) Cependant, si sa valeur spéculative est
indiscutable, nous ignorons les efets qu'elle peut provoquer à moyen et à
long terme.' (in Géopolitique, Revue de L'Institut International de Géo-
politique, 71, Set 2000).
Esta indefinição entre a esperança e a ignorância exige que, numa sociedade
responsável se abra, cada vez mais, o campo do saber. O campo da
investigação científica é vastíssimo e as oportunidades de cooperação
europeias e mundiais enormes. No caso concreto de Portugal, é notório o
envolvimento de cientistas portugueses em redes de cooperação
internacional, e os avanços que isso poderá provocar, embora não
imediatamente mensuráveis, provocarão alterações sociais profundas.
O comportamento social generalizado dos cidadãos poderá não colocar, à
partida, questões éticas de fundo.Mas irá certamente querer discutir 'a
bondade' ou a 'maldade', segundo a forma que estas questões lhe forem
apresentadas. Neste sentido, torna-se necessário uma informação que não se
limite a apresentar resultados, mas que os discuta.
A exigência cada vez maior criada pelos fluxos de informação - nomeamente
pelos cruzamentos entre informação não tratada que a Internet permite
implica uma responsabilização do indivíduo cada vez maior e , ainda, uma
noção da repercussão que esse efeitos possam ter nos jovens.
A ética do cidadão vai implicar - e crescentemente - uma maior consciência
sobre a diversidade e exigir uma clarificação dos processos políticos.
Considera-se hoje o afastamento do cidadão do poder, mas é também
necessário reflectir sobre o afastamento do cidadão da noção de política que,
neste momento, se reduz à veunculada pelos partidos políticos.
A opinião pública, no geral, quando questionada sobre a política, sente-a
como completamente afastada de si. A política é feita por 'profissionais' e o
cidadão não se reconhece nesse conceito espaço. A vida nas 'cidades'
resume-se a rotinas mecânicas e não participativas ou enunciadoras de
acções positivas de conjuntos de cidadãos. Assim, será necessário repensar o
quodiano, repensar as relações sociais e , a pouco e pouco criar mecanismos
que tornassem óbvio para cada um dos cidadãos que a partipação na polis é
não apenas importante como necessária à sobrevivência do sistema político.



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