"Correio da Manha" - Eterno Feminino
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O eterno feminino
“Foi um jantar de homenagem às feministas portuguesas dos anos 70 e 80 do século Vinte. Mais do que uma romaria pelo passado tratou-se de um atestado de vitalidade. Os tempos mudaram mas a luta continua.”
A Umar (União de Mulheres Alternativa e Resposta), celebrou o seu 30.º aniversário, com um jantar dedicado ás feministas portuguesas dos anos 70 e 80 do Século XX.
Ao falarmos nesta associação temos de falar de 3 senhoras que o artigo nos fala, Maria Teresa Horta, Maria Isabel Barreno e Maria Velho da Costa, que escreveram o livro ‘Novas Cartas Portuguesas’ que tanto furor fez perante o Antigo Regime.
O jantar decorreu no restaurante do antigo Mercado da Ribeira, com a presença de 150 mulheres, no qual sobressaiu a presença de cinco homens no máximo.
O principal objectivo da Umar é “Defender os direitos das mulheres.”
Não se pode pensar que os direitos das mulheres estão ao ponto que os queríamos, nem sempre existe igualdade e isso nota-se ainda na nossa sociedade. O ser feminista não quer dizer que se seja contra os homens, quer dizer que se luta para que o facto de uma mulher pelo facto de ter nascido mulher, deva ter um ordenado inferior ao do homem, para trabalhos iguais.
Esta associação existe e deverá ser mantida, está muita coisa feita, mas muita coisa ainda por fazer, a mulher muitas vezes ainda é vista como aquela que tem de cuidar da sua casa, ignorando o facto de que na maior parte das vezes a partilha com um homem, que pode e deve partilhar algumas tarefas domesticas.
A mulher dos nossos tempos, trabalha fora de casa, tem uma carreira, trabalha em casa, cuida dos filhos e já provou muitas vezes ser um ser forte, organizado e que alcança tudo a que se propõem fazer.
É bom ver que os casais de hoje em dia, já partilham tarefas, é bom ver que o pai já dá banho ao seu filho, já lhe troca a fralda, já vai ás compras. Se homem e mulher, partilham a mesma casa, ambos trabalham, porque não deveriam em casa também dividir as tarefas? A meu ver, e acho que todos vêem isso, agindo desta maneira, sobre também mais tempo para o respectivo casal, para terem mais tempo juntos.
Já basta aqueles meninos de 30 e 40 anos, que sabe-se lá porque continuam solteiros, e que têm a sua liberdade para ter o seu espaço, a sua casa, mas no que toca á alimentação e ao tratar da roupinha e da limpeza da casa, recorrem ás mãezinhas. Querem criadas? Então que paguem a alguém para realizar essa tarefa, e não escravizem as pobres mães que teimam, em mimar os filhos não lhes dizendo na cara que: “ Se és grandinho para morares sozinho também és grandinho para cuidar das tuas coisas”.
Uma grande saudação á Umar e que venham mais 30 anos!!!
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